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Entretenimento

A evolução das capas das revistas

Somos mais superficiais, lemos menos, o nosso nível de concentração diminuiu, mas também estamos mais abertos.

As imagens são cortesia de Karen X. Cheng e Jerry Gabra

A revista Cosmopolitan nem sempre foi um antro de dicas sexuais absurdas, protagonizadas por donuts, e o National Geographic tinha por hábito centrar-se mais no texto que nas imagens, mas o New Yorker praticamente não mudou, desde 1925. Assim como a moda, a arte e a arquitectura vão mudando com as estações, as revistas que as representam foram crescendo e sofrendo transformações com o passar dos anos. "As capas das revistas têm de competir para destacar nas estantes", explica Karen X. Cheng, artista e cineasta que há pouco tempo criou uma história visual das capas das revistas. "É muito divertido ver onde te levaram 100 anos de evolução".

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Num novo projecto, ela e Jerry Gabra comparam os "monstros" da indústria das revistas modernas, como Vogue, TIME e Vanity Fair com as suas versões do século XX. O estilo de arte, os logos, o texto e as mensagens que transmitem refletem a capacidade de adaptação de uma indústria que alguns asseguram que é incapaz de competir com a internet. Por outro lado, é muito importante observar como estas capas são um reflexo da cultura das diferentes eras em que cada uma das revistas começou. Cheng utiliza o projecto Robots Reading Vogue de Lindsay King e Peter Leonard para deixar clara a evolução visual da revista.

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Em particular, a trajectória de Vanity Fair (desde o desenho das mulheres em fato de banho à icónica capa de "Call me Caitlyn") representa transformações a todos os níveis, desde o visual ao social. "Juntas, estas capas de revistas oferecem-nos um olhar sobre a nossa história", escreve Cheng. "É claro somos mais 'sexualizados', mais superficiais, lemos menos, o nosso nível de concentração diminuiu, mas também estamos mais abertos. Com cada novo passo, a sociedade foi alargando o limite daquilo que vemos como aceitável".

Em seguida podes ver a evolução das capas das revistas:

Encontrarás estas e outras imagens, e mais informação sobre os resultados da investigação de Karen X. Cheng e Jerry Garba em Medium.

Este artigo foi originalmente publicado em The Creators Projects.