As boas-vindas gregas à visita da Angela Merkel

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As boas-vindas gregas à visita da Angela Merkel

Foi mais uma batalha campal, claro.

Pobre Grécia, não há nada que não lhe aconteça. Austeridade, desemprego e, mais recentemente, uma visita oficial (a primeira em três anos) da chanceler alemã, Angela Merkel. Só para garantir que toda a gente se está a portar bem, claro. Enquanto isso, nos cofres gregos já só há dinheiro até Novembro, daí que o país precise urgentemente de um novo cheque de muitos biliões de euros, a maioria dos quais saídos dos bolsos dos contribuintes alemães. O problema é que é preciso que o governo de um país em recessão há cinco anos faça mais cortes. É claro como água que os gregos não iam curtir mesmo nada a ideia de serem visitados por aquela que é unanimemente considerada como a cara europeia do seu sofrimento. Foi destacado um corpo policial de sete mil agentes que, uma vez no local, se entreteu a montar barreiras, a prender pessoas (nem uns putos a caminho da escola escaparam ao zelo policial) e a fechar ruas. Enfim, os únicos gregos que a Merkel viu foram mesmo os do governo nacional. Os hacktivistas do grupo Anonymous lançaram, entretanto, um ataque bem-sucedido aos sites do governo de Samaras já que, aparentemente, havia demasiados polícias na rua e nenhum ao computador. Curiosamente, a Praça Sintagma, palco por excelência das manifestações anti-austeridade, não foi fechada, de maneira que os manifestantes começaram a reunir-se por lá logo de manhã. Alguns até foram vestidos de nazis (perceberam?). Nem tudo correu de forma tão civilizada como o encontro Merkel-Samaras e, previsivelmente, a polícia e os manifestantes envolveram-se em actos de violência física. Fotografia por @babylonmedia

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