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Cinco concertos (em cinco palcos) do NOS Alive que vamos ver

Andámos a dar voltas ao cartaz, a horários e o diabo a quatro e desistimos de fazer planos. Que se foda, como diria o nosso capitão. O que será, será. Mesmo assim, não resistimos a sugerir uma ou outra coisa.
Courtney Barnett.

Ora bem, caso não tenham reparado, a época festivaleira em Portugal está a todo o gás. Basicamente entrámos naquela época em que há 10 festivais de música por semana, de Norte a Sul e Ilhas, uns maiores, outros mais pequenos, mas todos com o mesmo objectivo: curtires a vida (e beberes cerveja como se não houvesse amanhã).

Não é uma crítica, é mais uma constatação da infelicidade que é não se poder ir a todos (ou à maioria, vá, que há alguns que nem mortos). Dos pequenos, aos grandes. Viver só assim. Um Verão de sonhos, ressacas e euforias momentâneas. Não dá. Há que fazer escolhas e o NOS Alive, que começa já amanhã, quinta-feira, 7, no Passeio Marítimo de Algés, é das fáceis.

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Cartaz de décimo aniversário luxuoso - Radiohead, Arcade Fire, Pixies, Chemical Brotheres, Father John Misty, Tame Impala, só para mencionar meia dúzia óbvia -, sol a espraiar-se por Lisboa, bifes por todo o lado a dar o toque extra de coolness à coisa, recinto bem organizado e este ano alcatifado (vão ver que vai saber bem), os amigos que vêm de propsóito de todo o País e além-fronteiras…enfim, o clássico. E o clássico, ao contrário do que às vezes te fazem crer, pode ser bom.

Mas, falávamos de escolhas e, claro, nos festivais de grande dimensão, com vários palcos e mais de uma centena de actuações, não vais conseguir ver tudo o que queres. Também há quem queira só ver o Môce dum Cabréste (???!!!!!!) e para essa pessoa será simples, mas para ti não. Nem para nós. Andámos a dar voltas ao cartaz, a horários e o diabo a quatro e desistimos de fazer planos. Que se foda, como diria o nosso capitão. O que será, será. É ir com o vento. Aproveitar a vida e o que ela te quiser dar. Sem planos, sem pressas, sem horários.

De qualquer maneira, sugerimos-te um concerto por cada um dos cinco palcos (são sete zonas de actuações, nós sabemos, mas deixámos de fora o Pórtico e a Comédia. Motivo: porque sim). Cinco artistas que vamos tentar não perder e que para nós representam bem a diversidade de propostas do NOS Alive 2016. Espreita lá.

BRANKO - DIA 7, PALCO NOS CLUBBING, 21H00

Branko, produtor, compositor, DJ e mentor da label Enchufada, força de criação dos Buraka Som Sistema, apresenta o disco de estreia a solo, Atlas. Resultado de uma viagem de cinco semanas, que passou por três continentes, cinco cidades e que contou com a participação de 20 artistas diferentes, o álbum é Branko a rebentar (ainda mais) fronteiras musicais e a mostrar que há muita vida depois dos Buraka.

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DEAD COMBO E AS CORDAS DA MÁ FAMA - DIA 7, PALCO EDP FADO CAFÉ, 22H30

O ano passado os Dead Combo rebentaram com o Palco NOS Clubbing, numa tarde de tenda cheia, calor e ingleses deslumbrados. Desta vez regressam a Algés para tocarem no estreante Fado Café, com as Cordas da Má Fama e num formato de desconstrução do repertório. O Gato Pingado (Tó Trips) e o Gangster (Pedro Gonçalves) vão mandar a casa de fados abaixo. Preparem-se.

COURTNEY BARNETT - DIA 8, PALCO HEINEKEN, 19H20

Courtney Barnett vai conquistar uma tonelada e meia de novos fãs em Portugal. É daquelas que está mesmo a pedi-las. Há coisa de dois anitos, ou nem tanto, quando o chamado indie rock apresentava já níveis elevados de hipsterização crónica e graves sintomas de falta de ideias, de canções e de porta estandartes das novas gerações ditas alternativas, a australiana chegou com o seu ar de quem não é nada com ela e partiu tudo. Parece tudo muito simples: riffs de guitarra a la Pavement, ou seja descomprometidos, mas capazes de carregarem aos ombros toda uma melodia, lírica mordaz e acertiva, humor a toda a prova. Estamos lá e não mexemos.

SAVANNA - DIA 9, RAW CORETO BY G-STAR RAW, 17H30

Enquanto esperamos pelo próximo longa duração, estes quatro rapazes que se dividem entre Lisboa e Viseu ofereceram-nos há poucas semanas "Get It Right". É uma daquelas cenas de Verão infalíveis: levemente psicadélica, melodiosa q.b., pegadiça até dizer chega. Seria suficiente para começarmos o dia no Coreto, mas os Savanna têm mais, muito mais.

BAND OF HORSES, DIA 9, PALCO NOS, 21H00

Os norte-americanos Band Of Horses regressam ao Alive, depois de um concertão daqueles à antiga portuguesa em 2013. O quinteto sobe desta vez ao palco principal, tem disco novo na bagagem e são sempre uma opção acertada. Depois, quando estiveres a gabar-te aos teus amigos que não viram, vais-nos agradecer.