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Crónicas Lxxx - Sexo com vista para o Tejo

7 da manhã, mais uma noite mal dormida.

Fotografia gentilmente cedida pelo autor.

7 da manhã, mais uma noite mal dormida. Dou por mim a tomar o pequeno almoço à janela da cozinha. Consigo ver o rio, a ponte, os barcos… Esse foi um dos motivos que me levou a mudar de casa, para além das escassas probabilidades de me cruzar com o meu passado por estes lados. Já me bastava vê-la quando fechava os olhos.

Nesse dia o Pedro tinha-me mostrado alguns dos filmes que protagonizou. Num deles aparecia a ter sexo com uma rapariga, enquanto esta falava com alguém por telefone. Acabou por levá-la para a casa de banho, para poder gravar os dois no espelho, enquanto sorriam e a penetrava por trás.

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Para além do vasto portfólio de fotografias, a maioria dos vídeos que tinham como tema principal o sexo oral. Portuguesas, espanholas, italianas, inglesas, francesas, norueguesas, americanas…

Disse-me que se pudesse escolher uma forma de morrer, seria durante o acto. Adora quando as raparigas olham para a sua cara enquanto o fazem, adora o fio de saliva que se cria, e o facto de todo o seu sistema nervoso estar reduzido a um órgão. Mora na sua casa de sonho, pois nas sessões de sexo que tem na cozinha consegue olhar para o rio enquanto lhe tratam da saúde. Entra numa espécie de transe. A beleza da vista mistura-se com o prazer que sente…

Eu sou diferente, prefiro dar prazer.

Antes da minha primeira vez já tinha tido contacto com a "origem do mundo" dezenas de vezes. Gosto de tudo o que essa prática implica…do facto das ancas tomarem posse do corpo da mulher, do momento em que o meu olhar se cruza com o dela, de ver como o seu espírito deixa o seu corpo quando atinge o orgasmo, dos sorrisos, de quando me pede mais…

Num livro do Charles Bukowski, o personagem Henry Chinaski (o seu alter ego) é alvo de um feitiço que o faz encolher até ficar do tamanho de um vibrador. Nesse momento a sua amante utiliza-o como fonte de prazer, ficando o pobre Henry condenado a conhecer todos os recantos femininos.

Quem me dera Henry, quem me dera…