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Vice Blog

Desportos que não lembram ao Diabo: Tchoukball

À partida parece um jogo fofinho.

Fotografia de David Sandoz.

Nos anos 60 do século passado, o uso recreativo das drogas psicotrópicas dava para tudo. Até para que o biólogo Hermann Brandt se armasse em cientista do desporto e inventasse o Tchoukball. Uma espécie de terapia desportiva não-violenta, que pretendia estender o espírito do flower power à prática desportiva.

À partida parece um jogo fofinho. Não se pode dar caneladas, fazer entradas por trás, chamar nomes ao árbitro, ou sequer tocar no adversário. Posto isto a primeira frase que salta à cabeça é: mas que treta do caraças.

O biólogo, contando já com as bocas foleiras dos amantes do desporto puro e duro, tratou de transformar o Tchoukball num desporto interessante, quanto mais não seja porque se trata de um 3 em 1. Uma salada que mete à mistura pelota basca, andebol e voleibol, com dois trampolins pelo meio.

Joga-se num campo igual ao do andebol, com aquela zona semi-circular proibida de se pisar. Só que, em vez de balizas tem trampolins. O objectivo do jogo é atirar com a bola ao trampolim e esperar que a outra equipa não a apanhe antes de cair no chão. Quando a bola bate no trampolim faz Tchouk.

É por isso que nem os franceses perderam tempo com a tradução.