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Música

Fomos ao Razzmatazz ver os Tale Of Us

Este duo dinâmico, instalado em Berlim, vai sexta-feira ao Porto. E há quem diga que vai ser bom.

No palco do Razzmatazz, com os Tale of Us.

Domingo. Aquele dia relativamente enfadonho onde quase não há nada para fazer, sobretudo nesta época do ano, que é quando caem as primeiras chuvadas. Pois, mas não.

Ontem não ficámos a fazer zapping infinito. Pegámos em nós e fomos dar um pé de dança ao Razzmatazz, a macro discoteca de Barcelona onde todos os turistas e adolescentes querem ir. Tocavam os Tale Of Us, a casa estava cheia, e depois das 22h o ambiente compôs-se. Aos 150 mortos-vivos que ali estavam (e que muito provavelmente não tinham regressado a casa desde sexta-feira à noite) juntaram-se o resto das pessoas (frescas, fofas e perfumadas), e algumas delas acederam a conversar connosco.

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É que este duo dinâmico, instalado em Berlim, vai sexta-feira ao Porto. E nós achámos que, se ainda não tens programa para o próximo fim-de-semana, e estás mesmo só à espera que te telefonem a dizer o que é que tens de fazer, nós temos aqui razões mais que suficientes (e um par de entradas) para te tirar de casa e levar-te a viver a vida loca. Porque o Carnaval são dois dias, e Yolo.

SILVIA

Consulto sempre as agendas da semana, e o que está a acontecer no momento. Vim ver os Tale Of Us porque gosto da música electrónica obscura que fazem, e o facto de serem nórdicos chama-me a atenção. Gosto de imaginá-los em casa, o frio lá fora, e eles entretidos a criar temas, no conforto do lar.

Silvia, eles vivem em Berlim, e têm nomes italianos. Mas pronto, nós também achamos que uma boa história é sempre uma boa história.

NORA & IKRAM

Vi-os no Boiler Room e adorei, emocionei-me com a música deles. Depois foram ao Primavera Sound e também fui vê-los. Os temas que fazem, sempre sem palavras, levam-me a outra dimensão, é um momento de pura imaginação.

A Ikram não conhecia nada de música electrónica, só ouvia flamenco. Um dia a Nora mostrou-lhe este tema, e ela chorou. Vieram aos Tale Of Us à procura da mesma intensidade.

ROGER

Vim ver os Tale Of Us numa perspectiva de clubber, para além de que gosto da construção musical deles. Por exemplo, têm um remix de Plastikman que é um clássico instantâneo, uma maravilha. Trabalho ao fim de semana, e é difícil montar uma agenda electrónica que não se concentre nesses dias. Por isso, e porque há muito tempo que não saía, vim vê-los. Parece que o tipo dos visuais que vem com eles, um tal de Pfadfinderei, também lhe dá bem, e tenho curiosidade de ver o que faz.

O Roger acha que o mundo seria um lugar melhor se houvessem mais matinés.

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RUBEN

Opá, vi-os no Off Sónar e foi um festão incrível. Grande Som. Vi que estavam cá esta noite e vim direitinho do trabalho para aqui, encantado da vida. Tenho a certeza que vai ser uma boa festa. Porque é que a malta no Porto tem de ir vê-los? Porque com estes gajos as drogas batem mais.

É uma razão totalmente respeitável.

JIM

Vim cá parar porque tenho uma amiga que vive em Barcelona, a Amber, e aconselhou-me a vir vê-los. Ontem estive no Brunch Electronik, e não quis perder o ritmo. Se os conheço? Não, mas gosto do ambiente. Amanhã regresso a Amesterdão, e quero aproveitar bem o tempo que ainda me sobra.

O Jim calça o 51.

AMBER

Gosto de discotecas onde podes conversar com as outras pessoas. Elas ouvem-te, tu ouve-las, é uma experiência mais íntima. Pensava que seria muito maior, toda a gente me dizia que o Razzmatazz era um lugar gigante. Além disso, o som é bom, e as vibes também. Vim ver os Tale Of Us por recomendação de um amigo. Não sou uma grande fã de música electrónica, mas oiço um pouco de tudo, e gosto da sobriedade dos temas deles. Achei boa ideia trazer o Jim comigo. É uma música que me transporta a um estado natural de transe.

A Amber não sabia que ontem mais de metade das salas estavam fechadas. O Razzmatazz é um labirinto industrial onde, apesar de tudo, vale a pena ir, pelo menos uma vez na vida.

MARINA

Estava em casa e a ideia era ter uma noite tranquila. Mas também gosto de um bom programa de domingo. Vi-os pela primeira vez no Sónar, e esta é a primeira sessão completa que vejo deles. Fazem música com muita potência, tenho a certeza que será um festão, e que não haverá melhor sítio onde ir na próxima sexta-feira à noite.

Pediu-me desculpa, para o caso de não ter dito nada de jeito. Disse-me para ir falar com o Nico, porque ele é que sabia bués.

NICO

Vim pelo bailarico, pelo groove e pelo techno house underground. Ya, as etiquetas também me aborrecem. Vim essencialmente para passar um bom bocado. Gosto da dinâmica ascendente da sessão, e como terminam sempre de forma suave. Sim, vale a pena.

Ficou escandalizado porque eu não sabia quem era o Oscar Mulero.