Fui ao Eros Porto, aquele salão que faz as delícias da malta do norte

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Fui ao Eros Porto, aquele salão que faz as delícias da malta do norte

Cenas para todos os gostos e feitios.

O Eros Porto chegou à invicta para alguns dias de festim sensorial e verdadeiro regabofe. Estas feiras temáticas muitas vezes podem ser quase como um termómetro da sociedade portuguesa, na medida em que podemos ver como é que as pessoas se relacionam com a indústria. Devo dizer que fiquei bastante admirada com receptividade dos visitantes (sobretudo os de meia-idade). Preconceitos todos temos, e eu sempre pensei que o público acima dos 50 pudesse ficar escandalizado com os shows hardcore. Desenganem-se também os que pensam que os mais jovens são os mais atrevidos, nem por isso (era ver os visitantes mais experientes a acompanhar stripers em cima do palco ou a entrarem apressadamente em shows privados).

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Como já se sabe, a área de bondage foi paragem obrigatória de imensos curiosos que se amontoavam em qualquer espacinho. A verdade é que roubaram largas horas de espectadores a outros palcos para verem a Dama Monika e dos seus companheiros enquanto, com toda a tranquilidade, trabalhavam o seu escravo submisso. Este ano, ao contrário dos anteriores, houve um espaço inteiramente dedicado à mulher (já fazia falta), onde podíamos assistir a workshops vários ("A arte do orgasmo simultâneo", "Sessões de Tuppersex” ou "Visual vintage e retro num ambiente pin-up"), strips, comprar uns livros didácticos e uns brinquedos divertidos, marcar uma sessão fotográfica de boudoir ou apenas beber um copo. Pelo caminho, ainda fiquei a conhecer a extrovertida Mulher Vulcão, que pelo que percebi, é personagem conhecida destas andanças e das casas de strip em que gosta de se aventurar, "apenas por por puro divertimento”, garante. No final, em comparação com outras edições, fiquei com a ideia de que houve menos shows de palco, provavelmente para dar lugar a cenas privadas. Fiquei com a sensação que esta edição descurou um pouco a sensualidade e o erotismo, optando por apresentar uma dinâmica mais crua, imediata, tanto nos palcos como cá em baixo, onde os telemóveis, os tablete e as câmaras imperam. Ou então não. Se calhar é de mim que tenho a mania do burlesco e do glamour…