Este artigo foi originalmente publicado na VICE Canadá.Estamos em 2016 e o simples acto de ir à casa-de-banho enquanto transexual é ainda olhado, geralmente, como uma acção política. Se ocorrer num local público, os legisladores querem saber, há escolas que estão a tentar dar a volta à questão e pelo menos uma mãe em Alberta, Canadá, tentou fazer um rap sobre o assunto.No entanto, este debate aparentemente interminável, pode parecer bastante estranho, tendo em conta que as pessoas trans se limitam a fazer o que toda a gente faz. Que não haja ultraje popular similar relativamente sos sons, aos cheiros e à falta de sabonete nas casas-de-banho públicas é a questão que deixo à vossa imaginação.
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Talvez por isso não seja de estranhar que o activista trans, Jack Fox, tenha passado a última década a patrulhar todos os espaços sanitários da sua cidade. Apesar de Fox se identificar como homem, o medo que sente de ser perseguido e incomodado na "casa-de-bando dos homens" ainda perdura. "Tinha tanto medo de ser atacado, ou insultado, numa casa-de-banho pública, que muitas vezes aguentava o dia todo, até voltar a casa", conta à VICE, recordando os seus primeiros tempos depois da transição. E acrescenta: "Houve dias em que esperei 16 horas, sempre a controlar o que comia e bebia, só para não ter de usar uma casa-de-banho".Recentemente, Fox juntou-se à fotógrafa de Vancouver Jackie Davies para uma série fotográfica que enfrenta essa ansiedade e a transfobia que a provoca. São fotos de pessoas não-binárias em casas-de-banho públicas, juntamente com as histórias pessoais de como lidar com o ódio.Abaixo podes ver uma selecção dessas imagens.
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