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Música

Noise Nebula contam-nos como é a experiência Rubber Tracks

A banda madrilena esteve em Seattle a gravar no estúdio Avast! Recording Company à pala da iniciativa promovida pela Converse.

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Fotografia cedida pela banda.

E se de repente a tua banda estivesse a gravar num de 12 dos mais históricos e emblemáticos estúdios do Mundo, com tudo pago, os melhores técnicos à disposição, tecnologia de ponta e horas a fio para poderes dar asas à criatividade, afinares as tuas canções e saíres de lá com um disco debaixo do braço.

O quinteto madrileno Noise Nebula acaba de concretizar esse sonho à boleia do projecto Rubber Tracks, promovido pela Converse, depois de terem sido uma das 84 propostas escolhidas, em 25 países, de entre mais de 9.000 candidatos. Entre 14 e 28 de Setembro meteram na bagagem o noise e o shoegaze que lhes está na génese desde a formação em 2013, assentaram arraiais em Seattle e ocuparam o Avast! Recording Company, assistidos pelo mítico engenheiro de som Bryan Pugh, homem que, de Bowie aos Black Keys, já trabalhou com este mundo e o outro.

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Sim. O Avast!. Onde os Soundgarden gravaram em 1991 "Rusty Cage", single que haveria de impulsioná-los para o estrelato, as Bikini Kill deram à luz "Pussy Whipped", os Death Cab for Cutie criaram o influente "Transatlanticism", ou ainda onde, mais recentemente, os Band of Horses cristalizaram "Cease to Begin" e os Mudhoney voltaram à carga com "The Lucky Ones".

Fotografia cedida pela banda.

Não admira, portanto, que a jovem banda espanhola tenha regressado a casa com um sentimento de ter vivido algo realmente único e "impressionante", como fazem questão de contar à VICE, desde Madrid, Pedro García, Pablo Iglesias, Félix Migueles, Tomás Avilés e Pablo Talavante. "É uma sorte existirem iniciativas como o Rubber Tracks que possibilitem a bandas emergentes, como nós, gravar em estudios deste calibre", explicam os Noise Nebula, que garantem que, para além do espaço em si, da "loucura que é a sala de controlo, a mesa de mistura, toda a maquinaria de gravação analógica, ou mesmo a decoração e a zona da cidade onde está situado e que lhe dá uma mística muito forte", só o facto de estarem em Seattle "é toda uma outra cena". "Desde que aterrámos a atmosfera ajudou muito a que tudo corresse bem, mas sobretudo o trabalho de gravação com o Bryan e a equipa foi tão marcante que, de alguma forma, acreditamos que tenha marcado o nosso som".

Fotografia cedida pela banda.

E percebe-se porquê, para um grupo que começa a definir uma carreira e que aponta como influências e gostos bandas como os Yo la Tengo, Sonic Youth, Dinosaur Jr., My Bloody Valentine, Yuck, Beach Fossils, ou Slowdive, por exemplo, não é coisa pouca estar nos Estados Unidos, a fazer o que mais gostam, a absorver toda uma cultura musical e ainda por cima a curtirem como se não houvesse amanhã. Sex & Drugs & Rock n' Roll? "Tudo é um processo, as drogas necessitam de rock, o rock necessita de sexo e o sexo necessita de drogas", respondem, e acrescentam: "Nos States, mais surreal que isso podem ser os pequenos almoços. Hamburgers gigantes, froot loops, waffers com demasiados ingredientes e coca colas de 2 litros…isso sim".

Fotografia cedida pela banda.

Em breve poderá ser ouvido o resultado do trabalho desenvolvido pelos Noise Nebula através da Converse Rubber Tracks. Para já, o quinteto madrileno prepara-se para voltar aos palcos e, garantem, "mostrar ao vivo o que a banda evoluiu e ganhou com este tempo de estúdio no Avast!".