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O inquietante mapa dos ataques cibernéticos

Por trás deste projecto há 50 engenheiros que se encarregam de compilar a informação que lhes chega através de oito milhões de sensores espalhados por 50 países do mundo.

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Este artigo foi originalmente publicado na nossa plataforma The Creators Project.

Luzes tipo raios laser. Um fluxo constante de setas que vão de um lado ao outro do ecrã do teu computador. Parece uma guerra, ou pelo menos, algo semelhante. Se calhar parece-te algo menos perigoso - mas só à primeira vista - e, sobretudo, menos barulhento, muito menos barulhento.. É assim a guerra na Internet.

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O teórico Marshall McLuhan já o tinha prognosticado em 1968: a terceira guerra mundial seria feita através da "guerrilha da informação". Esta nova guerra tem como missão destruir computadores, aceder a material secreto, destruir discos rígidos, espiar informação de países inimigos, ou aliados, como o caso da espionagem da norte-americana NSA a vários líderes franceses, revelado pelo Wikileaks. Definitivamente, querem saber o que pensas, o que fazes, que informação guardas e que ferramentas utilizas.

ONorse Attack Map permite-te, em tempo real, visualizar todo o tipo de ataques informáticos que estão a ocorrer neste momento. Diz-te quais são os países que os provocam, ou seja, diz-te quem são "os maus" desta guerra e quais são os seus objectivos. Além disso, este sistema de visualização indica-te o tipo de ataque, o IP e a sua geo-localização. Assim, podemos ver que os Estados Unidos e a China estão taco a taco, segundo a segundo, no primeiro lugar dos países que mais ofensivas cibernéticas lançam. E os Estados Unidos são, com grande margem, o alvo indiscutível da maior parte das ofensivas.

Imagem cortesia de Norse.

Falámos com Jeff Harrell, da empresa Norse, que desenvolveu este sistema durante mais de três anos. Por trás deste projecto há 50 engenheiros que se encarregam de compilar a informação que lhes chega através de oito milhões de sensores espalhados por 50 países do mundo. "Estes sensores imitam os alvos favoritos dos ataques, como multibancos, smartphones, PCs ou MACs, atraindo assim esses ataques", explica-nos.

A manutenção de uma plataforma deste género é simples, não requer muito mais que uma supervisão do funcionamento correcto dos sensores. Mas, isso sim, "a plataforma actualiza-se constantemente, de forma a que seja cada vez mais exacta".

Ainda que este panorama possa parecer assustador, na realidade é muito pior. "Com o propósito de melhorar a visualização, só se apresentam no ecrã um de cada mil ataques". Ou seja, a todo este fluxo de linhas e cores, haveria que juntar-se muitas mais. Só vemos 0,1% do que se está a passar.