Os cães de Madrid já podem ir ao cinema

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Os cães de Madrid já podem ir ao cinema

Mascotes esparramadas nos assentos, com as suas guloseimas para animais e bebedouros com água, em vez das clássicas pipocas e refrigerantes. Estivemos na primeira sessão de cinema "pet friendly".

Este artigo foi originalmente publicado na VICE Espanha.

"Novo capítulo da colecção Ideias absurdas'. Não vai acontecer nada ao teu cão se etsiver duas horas em casa sozinho enquanto vais ao cinema, caraças. Mais passeios com ele num sítio onde possa correr e menos disparates".

Esta foi a reacção publicada nas redes sociais, não por um troglodita sem sentimentos assassino de galgos, mas por um amante dos animais, activista da defesa animal e dono de vários cães, perante o anúncio da primeira sessão de cinema pet friendly que ocorreu no último fim-de-semana no espaço "Proyecciones de Madrid", na capital espanhola.

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Outro amigo escrevia no seu Facebook com uma imagem do filme Pets - A Vida Secreta dos Nossos Bichos [título em Portugal, claro está] a acompanhar: "Este filme vai ganhar o festival de CANES. Ahahahah. Percebem? Não é o de Cannes, em França. O de CANES [cães em castelhano]".

Ofereço-vos esta informação gratuita, porque era precisamente a película que supostamente iriam ver os cães convidados para a experiência piloto da Cinesa e da Fundação Affinity. Um evento onde os bichos puderam esparramar-se nos seus assentos, com guloseimas para animais e bebedouros com água, em vez das clássicas pipocas e refrigerantes que consomem os seus donos.

No entanto, a programação acabou por ser alterada e acabaram por ver Ice Age 5, que não era nenhuma estreia e não tem cãezinhos, mas sim um esquilo, um mamute e um lama, portanto menos mal. Ecrã gigante no centro da cidade e em exclusivo para os melhores amigos do homem, acomodados em função do peso e do tamanho e com treinadores profissionais a fazerem as vezes dos funcionários de sala.

Na realidade, não sabemos se se trata de uma idiotice, ou de uma medida necessária que pode abrir o debate sobre futuras formas de convivência. O que sabemos, isso sim, é que os donos estavam, na verdade, bastante eufóricos.