Na tarde de 13 de Julho de 1981, um japonês chamado Issei Sagawa,estudante de pós-graduação na Sorbonne, deslocou-se com duas malas até ao Bosque de Boulogne, um parque nas redondezas de Paris. Dentro das malas, infelizmente para um corredor que ali passava, estava um corpo esquartejado de uma das suas colegas de turma — uma mulher holandesa chamada Renée Hartevelt, a quem Sagawa tinha dado um tiro na cabeça três dias antes e a quem já tinha comido várias partes do corpo. Várias testemunhas presenciaram o acontecimento e o japonês foi rapidamente detido. Segundo os relatórios, mal a polícia entrou em sua casa, o Issei disse: "Matei-a para a comer" e foram encontrados restos do corpo da Renée no congelador.
Sagawa foi declarado doente mental, não apto para ser submetido a julgamento e internado em Paris. A sua prisão durou pouco tempo porque os franceses fartaram-se rapidamente de lhe pagar os gastos e o Issei foi deportado tempos depois. Após de uma série de estranhas lacunas legais e relatórios psiquiátricos, os médicos japoneses declararam-no "no seu perfeito juízo mas possuído pelo demónio". A 12 de Agosto de 1986, Sagawa saiu de um hospital psiquiátrico em Tóquio e desde então que é um homem livre. É aqui que começa a verdadeira história. Reunimo-nos com ele para saber o que tem feito nos últimos 30 anos.