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Amanda Watkins Ama os Cholombianos

Amanda Watkins documenta os cholombianos há anos.

Amanda Watkins é uma fotógrafa e estilista da Inglaterra que vive em Monterrey, no México. Ela documenta os cholombianos há anos, e suas fotos deles apareceram no nosso Vice Guide to Monterrey. Ela nos ajudou com nossa recente história sobre os Cholombianos na Edição de Moda 2011, assim como no episódio do Picture Perfect com Stefan Ruiz. Pedimos para ela nos mandar algumas fotos e nos contar suas experiências em Monterrey. É isso aí.

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Nos últimos quatro anos fiquei viajando entre Londres e Monterrey, no México, seguindo os cholombianos – documentando seu estilo e aprendendo sobre sua subcultura. Seu estilo é completamente diferente de tudo o que já vi em Londres. Desde o início, amava o orgulho que eles sentiam de seus antepassados. Era fantástico ver um grupo de jovens usando roupas tradicionais, reinterpretadas em um estilo moderno. Não existe nada intrinsecamente anormal sobre suas camisetas e shorts, mas as imagens religiosas adornadas em suas roupas os fazem ser essencialmente cholombianos. Recentemente, muitos cholombianos passaram as imagens religiosas de suas camisetas para seus acessórios em volta do pescoço, chamados de escapulários, que predominantemente mostram ícones religiosos mexicanos.

Quando os conheci pela primeira vez, era imediatamente óbvio o quanto eles sentiam orgulho em sua aparência. Sempre apresentados imaculadamente, eles parecem muito mais firmeza do que qualquer outra pessoa em volta. All-Star branco é o tênis de preferência. Quando cheguei pela primeira vez, o estilo era baseado em fazer a sua roupa com um tecido particularmente colorido. Vi estampas bem vivas da Virgem de Guadalupe e de São Judas em todo mundo. Eles usam os escapulários como símbolos têxteis pendurados no pescoço: atados ou costurados a mão com seus apelidos, nomes de seus bairros ou às vezes fotos. Os escapulários são considerados essenciais para compor o look. Se eles não conseguem as letras ou imagens costuradas tradicionalmente, há outras opções, como cachecóis de algodão bordados com estampas paisley.

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Não preciso dizer que os cholombianos fazem o penteado como um comunicado gigante e gelificado. Suas costeletas dramaticamente grandes normalmente vão além do queixo e são desenhadas com gel ou creme. A parte de trás da cabeça normalmente é raspada, revelando o couro-cabeludo. Os homens podem fazer várias variações pessoais, e eles não têm medo de experimentar. No entanto o look é quase sempre complementado com o menor ornamento possível na cabeça, e é posicionado no topo.

A cena dos caras tem muito a ver com a música. Ir dançar “la rueda” enquanto bandas locais tocam é um lance grande. Boa parte da música vem de artistas colombianos com um toque norteño. Os casais dançam um estilo antigo, mas mesmo assim totalmente, e sem dúvidas, descolado. Ocasionalmente, as bandas dedicam uma música para alguém da plateia. Esse é o ponto alto da noite de qualquer cholombiano. Eles trazem grandes cartazes de papelão feito em casa escritos com seus pedidos de música, estilizados como graffitis. Se aparecem sem os cartazes, eles improvisam com seus celulares.

Desde o começo, os cholombianos são bombardeados com propaganda negativa da imprensa, como comumente acontece com as sub-culturas. Mas hoje, talvez por causa das muitas questões sensíveis e importantes que estão rolando no México no momento, muitos começaram a se adaptar a um novo look sem as costeletas.

TEXTO E FOTOS POR AMANDA WATKINS VICE MÉXICO
TRADUÇÃO POR EQUIPE VICE BR

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Picture Perfect: Stefan Ruiz