Duas canadenses pegas com um grande carregamento de cocaína documentaram toda sua viagem no Instagram

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE Canadá.

As duas canadenses de Quebec que agora encaram prisão perpétua na Austrália, depois que a polícia local encontrou mais de $30 milhões de dólares em cocaína em sua bagagem, aparentemente estavam curtindo a vida adoidadas antes de chegar lá.

Melina Roberge e Isabelle Lagace, ambas de 20 e poucos anos, passaram os últimos dois meses no MS Sea Princess, um cruzeiro de luxo que levava dois mil passageiros por paradas que iam de Southampton, Reino Unido, a Sydney, Austrália. As passagens do cruzeiro custavam $20 mil dólares (cerca de R$65 mil).

As garotas, porém, ao desembarcar no domingo (28) passado, foram surpreendidas pela polícia federal australiana que encontrou 90 quilos de cocaína na bagagem delas e de outro quebequense, Andre Jorge Tamine, de 63 anos. As autoridades ainda não divulgaram se as duas mulheres e o homem tinham alguma ligação. Todos foram acusados de importar uma quantidade comercial de drogas para o país, e podem pegar prisão perpétua.

Essa foi a maior apreensão de drogas que a Austrália já viu numa aeronave ou navio.

Antes de serem pegas, as garotas registraram toda sua jornada no Instagram e Facebook, se divertindo na Times Square em Nova York, bebendo água de coco na Polinésia Francesa e tomando café irlandês em restaurantes na Irlanda.

Em 4 de agosto, Melina Roberge postou uma foto sua num quadriciclo em Paracas, no Peru. "Foi muito louco!", ela escreveu na legenda da foto no Facebook, com as hashtags #riscandodalista e #quad. Outras paradas incluíam Chile, Bermudas e Equador.

Segundo o perfil de Roberge no Facebook, ela trabalha na joalheria Pandora no centro de Montreal. O perfil de Lagace, no entanto, é privado.

No sábado (27), um dia antes de ser presa, Roberge postou uma foto com a frase "Quando você acorda e precisa de uma soneca". Na manhã de terça, seguidores comentaram na foto "menina, o que você estava pensando" e #prisãoperpétua.

Um jornal de Montreal publicou que a Agência de Fronteira do Canadá e o Departamento do Interior dos EUA estavam se comunicando com oficiais na Austrália antes das mulheres descerem no porto de Sydney. Os três suspeitos foram classificados como viajantes de "alto risco" pelas agências.

Cocaína é um produto caríssimo na Austrália, cerca de cinco vezes mais que no Canadá, por exemplo, e apreensões da droga na fronteira dispararam nos últimos anos.

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Tradução: Marina Schnoor

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