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Encontros Escrotos

Os nossos amigos do Reino Unido também têm encontros de merda.

Vai sair com uma gata ou gato hoje à noite? Então leia essas histórias dos nossos amigos do Reino Unido sobre encontros horríveis e exploda em energia nervosa pra se salvar do horror, medo e depressão inevitáveis. A última é a pior.

QUEIMANDO O FILME

Quando eu tinha 16 anos, eu e a minha namorada matamos aula uma tarde pra assistir o filme da Liga Extraordinária. Escolhemos esse filme porque sabíamos que a sala ia estar totalmente vazia, já que ele era tão ruim que ninguém em sã consciência ia querer assistir aquilo. Ir ao cinema com a namorada quando se é adolescente significa ficar de pegação e não assistir o filme porra nenhuma. Então, alguns minutos depois dos créditos, a gente já estava dando uns amassos.

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Ela montou em mim e logo depois arregalou os olhos e pulou pro lado, e eu ouvi uma voz por cima do meu ombro. Entrei em pânico e fechei meu zíper. "A gente está vendo o que vocês estão fazendo aí, saiam agora", dizia a voz. Levantamos e fomos saindo, enquanto o cara continuou: "Aliás, tem uma câmera de circuito interno que mostra essa sala numa tela lá na entrada". Como ainda estávamos no meio da tarde, saímos totalmente envergonhados e lá, na entrada do cinema, uma tela mostrava a sala do filme clara como o dia, e umas 40 crianças acompanhadas dos pais ficaram falando mal da gente.

Minha namorada ficou muito chateada com essa história. Então compramos uma garrafa de vodca e passamos o resto do dia afogando as mágoas.

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CASCATA DE WIGAN

Um jogador bombado de rugby de Wigan, uma cidade da Grande Manchester, me convidou pra sair uma noite e eu topei. Não que eu estivesse particularmente interessada em sair com um jogador de rugby, mas porque minha melhor amiga estava contando comigo pra sair num encontro duplo com ela e um gatinho que ela tinha conhecido alguns dias antes.

Um minuto depois de encontrar o cara num bar, derrubei um drinque azul no meu jeans branco. Fiquei parecendo um daqueles comerciais de absorvente dos anos 1990. Pra disfarçar meu constrangimento, bebi pra caralho e já estava bem passada quando saímos pra encontrar minha amiga e o carinha dela numa boate chique de Wigan. Lá ela estava passando por um mau bocado. Três dos ex-namorados dela estavam no clube acompanhados das namoradas, e todo mundo parecia ter um problema com a gente.

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Eu estava no banheiro lavando as mãos quando três garotas que tinham me secado a noite inteira me atacaram. Acontece que o cara que estava saindo comigo teve a infelicidade de ter sido o namorado da mais gorda e assustadora delas. Elas bateram a minha cabeça no secador e me empurraram nas portas dos reservados. Consegui passar pelo meio delas e correr com as pernas bambas de volta pra minha amiga, que estava na pista de dança. Ela estava lá envergonhando a si mesma declarando seu amor imortal pelo cara com quem estava saindo. Assim que a alcancei pra arrastá-la pra casa, três copos de cerveja foram despejados nas nossas cabeças pelas bruxas cacarejantes na sacada acima da pista. Corremos pra casa juntas, chorando. Wigan é uma bosta.

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MASSAGEM NA CABEÇA

Um cara que conheci num site de relacionamentos me disse que era cantor e que colecionava carros vintage. Apesar de saber que não é sempre que você encontra o que acha que vai encontrar nesses sites de namoro, tinha muita coisa naquele cara que chamava minha atenção, e quando ele apareceu num lindo BMW creme dos anos 50, eu já estava crente que tudo ia dar certo.

Antes mesmo de tirar as chaves da ignição, ele fez aquela cara de cachorro sem dono e admitiu que tinha alugado o carro pra me impressionar. Obviamente, meus sinais de alarme começaram a tocar. Ele estava usando um monte de joias, correntes, anéis, tudo de ouro. Eu disse que ele parecia o Mr. T, comentário que não foi muito bem recebido, e ele não falou comigo no carro mais nenhuma vez.

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Depois do silêncio desconfortável no carro, chegamos num bar e eu pedi um coquetel. Ele pediu um refrigerante, então mudei meu pedido pra um refri também. "Não faça isso, eu quero ver você beber", ele disse, o que obviamente é a coisa mais assustadora pra dizer pra alguém no primeiro encontro, ou em qualquer encontro. Mas a coisa ficou ainda mais assustadora com a esmagadora massagem indiana de cabeça que ele me fez. Enquanto massageava, ele ia contando como tinha se tornado cantor de navio de cruzeiro pra escapar de uma ex-namorada. Foi mais ou menos nessa hora que ele disse que me amava, o que foi minha deixa pra ir embora dali. Tentei ser educada e dar um beijo na bochecha dele quando saí, mas ele enfiou a língua na minha garganta. O que eu achei que meio que redimiu o cara, por algum motivo.

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TAXI DRIVER

Eu estava num buraco infernal vergonhoso em Shoreditch, Londres, conversando com um galãzinho indie rock quando meu ex recente apareceu. Nas horas seguintes, todo mundo naquele bar ia ficar sabendo todos os detalhes do nosso horrendo rompimento, porque passamos a noite inteira gritando insultos um pro outro.

Quando eu já não conseguia mais beber nem chorar, fui pra casa de táxi pra dormir e esquecer aquilo tudo.

Ainda me sentido um lixo quando acordei, descobri um número de telefone no meu bolso e me dei um "toca aqui" retrospectivo por ter a presença de espírito de pegar o celular do gato antes que meu ex aparecesse e estragasse tudo. Ficamos trocando mensagens até a sexta-feira seguinte, quando o convidei pra uma festa. "Te pego aí", ele disse, e fiquei até tonta de pensar num encontro tipo colegial. Eu já estava pronta e esperando por ele quando um táxi parou lá fora e percebi finalmente que eu nunca tinha pegado o telefone daquele gostoso. Quando não consegui mais me esconder atrás do sofá, saí pra explicar a confusão. "Te achei bonitinha", o taxista disse, antes de me oferecer uma carona até a festa de qualquer jeito. Puta cara legal!

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ROCKABÍLIS BOY

Uma vez conheci um cara rockabilly chamado Eddie e fiquei achando que ele era o gato mais legal do mundo porque ele me ignorava e dizia que estava deprimido, o que até eu sei que é um negócio superprofundo. Os amigos dele tinham uma banda de psychobilly e ele não estava na banda porque não tinha talento, mas saía com esses caras mesmo assim. Ele era incrivelmente gato, então fiquei na cola dele.

Eu trabalhava num bar na época (obviamente, né, onde mais esse pessoal do rockabilly trabalha?), então ele disse que ia passar pra me ver no trabalho numa noite mais sossegada. Ele foi mesmo, e eu dei uns drinques grátis pra ele. O cara devia ter bebido uma garrafa inteira de Jack Daniels e ia ficando cada vez mais e mais estranho e emocional, me contando como nunca tinha se dado bem com o pai e que pensava em suicídio às vezes.

Conforme a noite foi passando, o mau humor implacável dele foi enchendo o meu saco. Eventualmente ele chegou num estágio em que não conseguia nem mais falar e continuava entornando bebidas. Então, do nada, ele desapareceu. Fiquei super feliz! Tranquei tudo e fui pra casa. No dia seguinte, o dono do bar me ligou dizendo que tinha encontrado um cara desmaiado numa poça de vômito no banheiro. E que o cara tinha se mijado todo. Ele até ligou depois disso, mas eu não atendi. Nunca mais.

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Ilustrações por Sam Taylor. Siga o cara no Twitter, @sptsam, ou visite o site dele, samtaylorillustrator.com.

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