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"É fato conhecido que grupos étnicos e raciais diferentes têm taxas diferentes de mortalidade, ou que algumas pessoas têm um tempo de vida maior que outras", me disse Horvath. "Mas como você realmente mede esse envelhecimento? Antes do nosso estudo, havia pouquíssimas pesquisas observando taxa de envelhecimento. E há uma razão técnica para isso: há poucas formas de medir o envelhecimento."É aqui que entra o relógio epigenético, uma medição molecular do envelhecimento. Horvath descobriu que nosso DNA, apesar de não mudar, pode nos dizer nossa idade através das modificações epigenéticas que sofre com o tempo. "Tem essa coisa chamada metilação do DNA, que é uma modificação química das moléculas do DNA. Era isso que estávamos observando. Enquanto envelhecemos, algumas partes do DNA ganham metilação e outras perdem metilação. Observando todas essas mudanças com o tempo, você pode realmente ter uma medida precisa da idade de alguém. Esse é o primeiro estudo que usa essa medida de idade biológica altamente precisa", explicou Horvath. "Se você me mandar seu sangue, posso dizer qual é a sua idade."
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O estudo analisou dois marcadores de idade presentes no sangue em seis mil pessoas de vários grupos étnicos — a aceleração de idade intrínseca epigenética (AIIE), que não pode ser influenciada por fatores externos (como beber ou fumar), e aceleração de idade extrínseca epigenética (AIEE) — que depois foram subdivididas em amostras separadas por sexo. O que Horvath descobriu foi que latinos têm um AIIE mais baixo que outros grupos, significando que eles fundamentalmente envelhecem mais devagar. As mulheres latinas no estudo, por exemplo, eram 2,4 anos mais jovens que as mulheres não-latinas da mesma idade quando isso era medido pelo relógio epigenético."Podemos mostrar como os hispânicos envelhecem mais lentamente independentemente das mudanças em suas células do sangue", ele disse. No entanto, homens e mulheres latinos têm mais risco de sofrer com obesidade, doenças crônicas do fígado e diabetes — ou, em outras palavras, o AIEE é mais alto. Horvath tem a hipótese de que a taxa de envelhecimento mais lenta dos hispânicos ajuda a neutralizar os riscos de saúde mais altos.O estudo também descobriu que, na média, as mulheres de todas as etnias envelhecem mais lentamente que os homens. "Não há dúvida de que os homens se dão pior que as mulheres. E isso em todos os grupos étnicos e raciais. Observamos vários grupos de tecidos, sangue e saliva. Ser homem é má notícia.""Não há dúvida que os homens se dão pior que as mulheres."
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