Conhecendo a fábrica que produz máscaras do Cunha e do Japonês da Federal

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Conhecendo a fábrica que produz máscaras do Cunha e do Japonês da Federal

Entre palhaços e bundas de plástico, máscaras do Japonês da Federal e de Eduardo Cunha se preparam para o Carnaval.

É ao lado de bumbuns macios que repousam diversos rostos plásticos de Newton Ishii, mais conhecido como o "Japonês da Federal". Na fábrica de máscaras e fantasias Condal, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, cenas oníricas se tornam bizarramente reais.

Artista plástico, o falecido sr. Armando Valles chegou ao Brasil em 1954 e, algum tempo depois, fundou a empresa, que hoje é comandada pela esposa, a também espanhola Olga Valles. É ela quem bate o martelo na hora de decidir quem são os políticos que ganharão suas versões em máscaras de carnaval. "Esse ano foi o Eduardo Cunha, o Delcídio do Amaral e o 'Japonês da Federal'", conta.

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O trio sensação do Carnaval: Eduardo Cunha, o "Japonês da Federal" e Delcídio do Amaral. Foto: Fábio Teixeira

A coisa ficou um pouco complicada na produção do agente da PF, que, por não ser pessoa pública, possui direitos de imagem. Dona Olga, então, apelou para o "jeitinho brasileiro". "Pegamos uma máscara de samurai que tínhamos e fizemos uma pequena modificação." Pronto. Taí a sensação do verão.

Entre bruxas, macacos e palhaços, foram 170 mil máscaras fabricadas para a festa deste ano. Desse número, somente 15 mil reproduzem cútis governamentais. "Essa parte de [máscaras de] políticos é mais uma vocação do que lucratividade", afirma a empresária.

Foto: Fábio Teixeira

"Contamos um pouco a história da política brasileira através de máscaras", explica Olga, cujo trabalho acaba jogando com tentativa e erro. "Se cai na graça do povo, se o povo gosta ou não, depende. Nem sempre acertamos."

É o caso de Rosinha Garotinho, ex-governadora do Rio de Janeiro. "Vendeu uma dúzia", relata, aos risos, a espanhola. Graça Foster, ex-diretora da Petrobras, e Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, também foram fracassos de venda. Já no Carnaval de 2016, são as máscaras de Delcídio do Amaral, ex-ministro de Minas e Energia, que andam empacadas.

Foto: Fábio Teixeira

Sucesso mesmo fazem Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e o japonês. Nada que se compare ao recordista de vendas: Joaquim Barbosa, nos tempos de julgamento do Mensalão.

Um minuto é tempo suficiente para pintar uma máscara. O trabalho é feito a mão por um dos 10 funcionários da fábrica. Nas lojas, elas custam de R$ 7 a R$ 10. Entre os materiais usados, estão o látex, o E.V.A e o PET.

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Outras personalidades públicas como Dilma Rousseff, Lula e José Dirceu já foram eternizadas e são fabricadas carnaval após carnaval. Quem acha que encarnar um político durante a farra carnavalesca é muita treta pode optar pelos bumbuns macios. Sem problemas.

Veja mais fotos do Fábio Teixeira abaixo.

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

Foto: Fábio Teixeira

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Foto: Fábio Teixeira

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