Photoville é uma festa anual de fotografia que convida curadores, publicações e qualquer um da indústria para encher contêineres no Brooklyn com arte. Desde 2012, o evento se tornou um dos maiores e mais variados festivais de fotografia da Nova York, e sempre oferece uma amostra diversa do meio. Além disso, a entrada é GRÁTIS!Claire Christerson, que já colaborou com a VICE, fez a curadoria de um dos contêineres do Photoville em conjunto com ex-alunos do SVA, então decidi ligar para ela e perguntar as motivações da exposição.
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VICE: Como você se envolveu com a curadoria de Objects & Subjects in 2015?
Claire Christerson: Stephen Frailey [professor de fotografia da SVA] me convidou para fazer a curadoria do estande com trabalhos de ex-alunos da SVA no Photoville. Ele queria que eu trabalhasse dentro das ideias de gênero, identidade e corpo. Fiquei nervosa no começo, por ter a responsabilidade de criar uma narrativa, honrar os tópicos e trazer visões diferentes (espero) de como essas ideias podem ser representadas. Nunca fui curadora antes, então esse é um desafio novo interessante.
Claire Christerson: Stephen Frailey [professor de fotografia da SVA] me convidou para fazer a curadoria do estande com trabalhos de ex-alunos da SVA no Photoville. Ele queria que eu trabalhasse dentro das ideias de gênero, identidade e corpo. Fiquei nervosa no começo, por ter a responsabilidade de criar uma narrativa, honrar os tópicos e trazer visões diferentes (espero) de como essas ideias podem ser representadas. Nunca fui curadora antes, então esse é um desafio novo interessante.
Quais os temas que surgiram da coleção de artistas que você decidiu expor?
A experiência de cada pessoa de corpo e identidade é totalmente diferente nessa exposição. Algumas similaridades entre os artistas são as escolhas de ultrapassar a forma física humana e explorar como o corpo parece através de objetos. O que mantém a exposição consistente é a navegação por questões sérias, mas com um equilíbrio entre lúdico e intensidade.Quais são alguns dos seus trabalhos favoritos na exposição?
É difícil dizer porque todos os trabalhos na exposição são importantes para mim. Me sinto realmente atraída pela imagem Gel Test 1 de Logan Jackson, de pessoas com próteses faciais olhando para a câmera; adoro corpos alterados. O trabalho de Juniper Fleming é extremamente conceitual e trabalhado. Como parte de um novo projeto que ela está desenvolvendo, ela criou uma imagem da [serial killer] Aileen Wuornos e Medusa emparelhadas, misturando realidade e mito. O vídeo que acompanha a foto destaca que Wuornos foi perseguida com tanta fúria pelas autoridades como um alerta do que acontece com trabalhadores sexuais e outros desviados. As fotos de Zak Krevitt se tornam esculturas humanas sinceras e pesadas. Especialmente sua imagem Atom-R. Adoro o jeito como os corpos se tornam estoicos e um equilíbrio ocorre porque nenhum pode permanecer sem o outro. O trabalho de Ken Lavey é inteligente e coloca humor nas relações com o corpo. Há esse momento de clareza quando você pode aplicar seus próprios pensamentos perversos nesses objetos que ele te fornece, e inventar novos objetos sexuais que você nunca pensaria em comparar com um corpo. E a lista continua. Essa coleção se tornou pequenas janelas para muitos mundos e sinto que tenho sorte por conhecer essas pessoas, com cujo trabalho aprecio muito.
A experiência de cada pessoa de corpo e identidade é totalmente diferente nessa exposição. Algumas similaridades entre os artistas são as escolhas de ultrapassar a forma física humana e explorar como o corpo parece através de objetos. O que mantém a exposição consistente é a navegação por questões sérias, mas com um equilíbrio entre lúdico e intensidade.Quais são alguns dos seus trabalhos favoritos na exposição?
É difícil dizer porque todos os trabalhos na exposição são importantes para mim. Me sinto realmente atraída pela imagem Gel Test 1 de Logan Jackson, de pessoas com próteses faciais olhando para a câmera; adoro corpos alterados. O trabalho de Juniper Fleming é extremamente conceitual e trabalhado. Como parte de um novo projeto que ela está desenvolvendo, ela criou uma imagem da [serial killer] Aileen Wuornos e Medusa emparelhadas, misturando realidade e mito. O vídeo que acompanha a foto destaca que Wuornos foi perseguida com tanta fúria pelas autoridades como um alerta do que acontece com trabalhadores sexuais e outros desviados. As fotos de Zak Krevitt se tornam esculturas humanas sinceras e pesadas. Especialmente sua imagem Atom-R. Adoro o jeito como os corpos se tornam estoicos e um equilíbrio ocorre porque nenhum pode permanecer sem o outro. O trabalho de Ken Lavey é inteligente e coloca humor nas relações com o corpo. Há esse momento de clareza quando você pode aplicar seus próprios pensamentos perversos nesses objetos que ele te fornece, e inventar novos objetos sexuais que você nunca pensaria em comparar com um corpo. E a lista continua. Essa coleção se tornou pequenas janelas para muitos mundos e sinto que tenho sorte por conhecer essas pessoas, com cujo trabalho aprecio muito.
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Muitos dos trabalhos da exposição se ligam bem às obras anteriores que você fez para a VICE, envolvendo tomar identidades fantásticas e assim por diante. Na sua opinião, por que jovens artistas tomam essas personas diferentes para se expressar em fotos?
É importante e poderoso ter esses meios, que permitem passar de como os outros percebem você para como você se vê e vê sua comunidade.
É importante e poderoso ter esses meios, que permitem passar de como os outros percebem você para como você se vê e vê sua comunidade.
Que exposições inspiraram a sua curadoria para essa exibição?
No verão, quando eu estava em São Francisco, Molly Matalon me levou para uma exposição na Fraenkel Gallery chamada The Heart Is a Lonely Hunter, com curadoria de Katy Grannan. Gostei de ter que passar algumas vezes pela exposição para pegar toda a informação. Não sou uma pessoa minimalista, gosto de jogar um monte de coisas nas pessoas. Katy escolheu estilos muito diferentes de trabalho e fez tudo funcionar junto muito bem.A exposição estreou dia 10 no Photoville – que outras recomendações você dá além dessa coleção incrível?
Honestamente, não tive chance de ver muito dos outros trabalhos ainda, mas vi um estande chegando chamado National Geographic: Still Life. São trabalhos de Rob Clark, imagens de taxidermia. Quero ver essas fotos. Taxidermia é algo que me interessa e enoja ao mesmo tempo.
No verão, quando eu estava em São Francisco, Molly Matalon me levou para uma exposição na Fraenkel Gallery chamada The Heart Is a Lonely Hunter, com curadoria de Katy Grannan. Gostei de ter que passar algumas vezes pela exposição para pegar toda a informação. Não sou uma pessoa minimalista, gosto de jogar um monte de coisas nas pessoas. Katy escolheu estilos muito diferentes de trabalho e fez tudo funcionar junto muito bem.A exposição estreou dia 10 no Photoville – que outras recomendações você dá além dessa coleção incrível?
Honestamente, não tive chance de ver muito dos outros trabalhos ainda, mas vi um estande chegando chamado National Geographic: Still Life. São trabalhos de Rob Clark, imagens de taxidermia. Quero ver essas fotos. Taxidermia é algo que me interessa e enoja ao mesmo tempo.
Claire Christerson é uma artista multimídia que mora e trabalha em Nova York. Veja mais trabalhos dela para a VICE aqui.Photoville acontece no Brooklyn Bridge Park até 20 de setembro.Tradução: Marina Schnoor