Documentando 25 anos do ignorado otimismo cubano

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Documentando 25 anos do ignorado otimismo cubano

No livro ‘Cuba: A Personal Journey 1989-2016’, Manuello Paganelli apresenta 100 fotos das suas mais de 60 visitas à ilha.

'Comandante Ernesto "Che" Guevara.' (1993) Photo © Manuello Paganelli.

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE US.

Abaixo você lê um trecho do novo livro de fotos de Manuello Paganelli, Cuba: A Personal Journey 1989-2016 (lançado pela Daylight Books). O livro apresenta mais de 100 fotos que Paganelli tirou durante suas mais de 60 visitas a Cuba nos últimos 25 anos.

O projeto começou no final dos anos 80, quando o fotógrafo viajou para o país na intenção de encontrar seus parentes afastados, e continuou visitando a ilha durante a restauração das relações diplomáticas entre EUA e Cuba em 2015. Com a morte recente de Fidel Castro, o trabalho ganhou outra camada de complexidade.

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Todas as fotos por Manuello Paganelli © 2016.

Quando era garoto, perguntei para minha mãe por que não mantivemos contato com nossos parentes em Cuba. Ela me deu uma dessas respostas que a gente sempre acaba dando para as crianças, esperando que elas parem de perguntar. Mas não parei minha busca — por um tempo — e quando cresci, percebi que precisava de respostas. E as respostas, claro, só poderiam vir com uma viagem a Cuba, então, em 1988, viajei pela primeira vez para a ilha. Desde aquela visita inicial emotiva, fiz mais de 60 viagens a Cuba. Viajando com câmeras e um notebook, cruzei a ilha, determinado a registrar as lutas desse povo incompreendido, e comprometido a documentar o mágico espírito cubano.

Surpreendentemente, Cuba está se abrindo mais rápido do que eu previa. Muita coisa mudou desde minha primeira viagem, quando muitas vezes eu era o único turista andando pelas ruas; e quando ter alguns dólares norte-americanos era um crime contra o Estado, algo que poderia te colocar na cadeia por vários anos. Hoje, não vejo mais as longas filas para comprar pão. As ruas agora estão lotadas de turistas. Os hotéis funcionam em capacidade máxima.

Mas outras coisas continuam iguais. Música hipnótica continua a encher as ruas. Dançarinos de salsa dançam até a madrugada. Tambores, amigos congregando nas ruas. O povo cubano continua pronto e ansioso para conversar e se envolver. Na maior parte, o poderoso espírito cubano continua vivo e intacto. Assim como os Chevys 57 decadentes que rodam pelas ruas de Havana, os cubanos continuam respeitosos com o passado, mesmo nunca deixando de avançar, a toda velocidade, com otimismo e determinação.

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Aqui eu compartilho uma pequena parte dessa Cuba linda e vibrante.

Compre Cuba: A Personal Journey 1989-2016, lançado pela Daylight Books, aqui.

Tradução do inglês por Marina Schnoor.

Casamento (1999)

A febre do basebol na cidade (2011)

Classe do ensino fundamental (1995)

Garotos são só garotos (1991)

Ensaio de dança (2014)

Rumo à fazenda (2005)

Dançarinos de hip hop em Havana (2001)

Jogadores de vôlei (1993)

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Una Santerita (1998)

Touros (2005)

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