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História de uma Bunda

Sua retaguarda avantajada a catapultou da condição de coadjuvante em vídeos de funk ao status de estrela pop como a Mulher Melancia.

Andressa Soares é uma pessoa apaixonada pela própria bunda. E por um bom motivo: sua retaguarda avantajada a catapultou da condição de coadjuvante em vídeos de funk ao status de estrela pop como a Mulher Melancia. Fãs devotos vão em bando a todos os seus shows, paparazzi estão na cola de seus passos, homens e mulheres enlouquecidos tentam passar a mão sempre que podem. Caso você esteja se perguntando o porquê do alvoroço em um país com milhares de traseiros igualmente impressionantes, a resposta é que a retaguarda da Melancia tem formidáveis 117 centímetros. E ela não consegue parar de chacoalhar toda essa abundância. Vice:Como você conseguiu esse apelido tão particular.
Mulher Melancia:Eu era locutora de rádio e um dia eles colocaram uma foto minha na internet. Quando as pessoas me viram, começaram a comentar: “Nossa, o bumbum dela parece uma melancia!” E todo mundo veio me provocar. O que estava fazendo na foto?
Estava na praia, furando uma onda. E a minha bunda ficou empinada para fora da água.

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Photos by AgNews

Agora seus shows são famosos! Explica para a gente seus famosos passos de dança.
Fui convidada para gravar com o MC Créu há um tempo e pensei: “Não vou participar. Nem sei quem ele é!” Mas, no fim das contas, acabei topando. Antes de o DVD ser lançado, rolou um superburburinho, as pessoas chocadas: “Você precisa ver a bunda dessa mulher quando ela dança! Ela consegue tremer e chacoalhar em várias velocidades”. Sei que você e o Créu se separaram logo na sequência. Foi aí que desenvolveu seu estilo?
Não posso mais dançar a música dele porque fui proibida. Mas as pessoas sempre querem ver minha bunda em ação. A música do Créu tem só cinco velocidades, mas faço a sexta, que inventei. Foi aí que ficou famosa?
Depois que virei Mulher Melancia, fui capa da revista Playboy. Agora todo mundo me conhece. Como é o show da Mulher Melancia?
Tem duas dançarinas, uma loira e uma morena, eu e um DJ. Começamos com uma música chamada “Solteira Sim, Sozinha Nunca!” e então eu pergunto para a plateia: “Tem homem solteiro aqui hoje?” E aí começamos a sacudir. Essa virou sua marca registrada?
É. Para ser sincera, funciona que nem um motor: “Vrrrrrrr! É cansativo. “Vai, vai, vai, bunda! Vai, bunda, vai!””

Photos by AgNews

Suspeito que tenha mais homens do que mulheres na sua plateia.
No começo tinha muito homem. De 1000 pessoas, 900 eram homens. Mas daí, as mulheres ouviram músicas como “Solteira Sim, Sozinha Nunca!” e “Nenhum Homem Presta” e agora o público é mais equilibrado. Graças a Deus! Como é saber que sua bunda determina sua vida?
Fico muito feliz. Minha família nunca esteve tão bem, amo isso tudo. Desde pequena, queria posar para a Playboy. Na infância você sabia que carregava esse pandeirão especial?
Quando eu tinha um ou dois anos, as mães e pais de todas as outras crianças falavam: “Olha a bunda dessa menina, filhinho!” E eu achava que meu bumbum era feio. O que pensa das brasileiras que têm aparência anoréxica?
Bom, 20 a 30% das pessoas por aqui põem silicone. Algumas nos lábios, outras na bunda, mas a maioria é nos peitos mesmo. De alguma maneira, você influenciou o padrão de beleza da mulher brasileira?
Acho que sim, pelo que ouço falar por aí. Uma vez fui entrevistada por uma repórter que disse que, antes de eu aparecer, todas queriam pôr silicone no peito. Hoje em dia, 85% das mulheres procuram silicone para a bunda. As pessoas não se preocupavam com a bunda antes—elas faziam lipoaspiração. Agora elas querem ser violão—coxas grossas, bundona e cinturinha. Até as atrizes estão mais curvilíneas. Mas isso é diferente em cada cidade, não?
Sim. Em São Paulo, por exemplo, elas se preocupam mais com o rosto. E se vestem melhor. No Rio não é assim. Não que as cariocas, como eu, não se preocupem com o rosto, mas o corpo vem em primeiro lugar. No Rio, as mulheres passam praticamente o tempo todo de biquíni. Por isso elas malham muito.