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Os dois manifestantes acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade vão a júri popular

Caio Souza e Fábio Raposo foram considerados réus pelo STJ e podem ser condenados por homicídio triplamente qualificado com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

O exato instante em que Santiago foi atingido pelo rojão. Foto via.

Um rojão atirado por manifestantes atingiu em cheio a cabeça de Santiago Andrade. Era o dia 6 de fevereiro de 2014, no Rio de Janeiro, quando o cinegrafista da Rede Bandeirantes, então com 49 anos, foi atingido por um daqueles fogos de comemoração o que o levou ao hospital, onde permaneceu na UTI por quatro dias em estado grave até falecer em decorrência de morte cerebral.

O protesto, um desdobramento das Jornadas de Junho, foi realizada com manifestantes contra a alta da tarifa de ônibus no Rio. Caio Souza e Fábio Raposo, os responsáveis pelo rojão que feriu e matou Santiago chegaram a ser detidos e ficaram presos até 2015 quando a Justiça do Rio entendeu que eles não tiveram intenção na morte do cinegrafista.

Leia: ["Quem morreu nas manifestações?"

](http://www.vice.com/pt_br/read/quem-morreu-nas-manifestacoes) Nesta terça (28), porém, depois da decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Caio e Fábio foram considerados réus e podem ser condenados por homicídio triplamente qualificado com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. O caso, agora, retorna à Justiça do Rio, com Caio de Souza e Fábio Raposo indo a júri popular. O advogado de defesa Wallace Martins, acredita que Santiago foi vítima de um acidente. A filha de Santiago, Vanessa de Andrade, que é jornalista, acompanhou o julgamento e diz que acredita que a justiça começou a ser feita. Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.