Memórias de Medellín

El Chino tinha permissão para fotografar praticamente o que quisesse, como essa festa de Halloween de 1989.

Edgar Jimenez, vulgo El Chino, foi coleguinha de escola de Pablo Escobar na Colômbia nos anos 60. Enquanto Escobar se tornou o traficante superstar de toda uma geração, El Chino optou por uma vida pacata como fotógrafo de casamentos. Mas depois de um encontro casual no início dos anos 80, Escobar recrutou El Chino como seu fotógrafo particular. Ele registrou suas campanhas políticas, suas festas privadas e as diversas idas para a excêntrica Fazenda Nápoles. El Chino trabalhou por mais de uma década com Escobar, aproveitando seu livre acesso e especulando quais dos parceiros do senhor das drogas estaria aberto para ser fotografado. Isso continuou até a CIA, Los Pepes, a Força Delta, o Bloco de Busqueda e um monte de gente que queria a cabeça do Escobar numa bandeja para desmantelar o Cartel de Medellín. Há pouco tempo, Jimenez convidou a Vice para ir a sua casa em Aranjuez, perto de Medellín, onde ele deixou a gente fuçar seus arquivos. Aqui algumas das nossas imagens preferidas.

Com as autoridades constantemente atrás dele, Escobar foi forçado a fazer uma festa secreta no aniversário de 14 anos de seu filho Juan Pablo. Aqui ele está aproveitando a festa com a sua filha Manuela.

Já no fim da sua carreira como traficante, Escobar se envolveu pra valer na política, o que, de acordo com a opinião de muitos, contribuiu com a sua queda. Entre dois capangas, Escobar exibe seu dom de oratória durante uma campanha, em 1982.

Os três mosqueteiros de Pablo. Esses sociopatas eram seus homens de confiança, responsáveis por grande parte da violência de Medellín. Da esquerda para a direita: Arete, "El Negro" Pabon e Popeye.

Ele logo percebeu que balões—junto com subornos e violência—ganhavam eleições.

Escobar era famoso por ter um sono pesado e frequente. Muitas vezes, quando perseguido por helicópteros do governo, ele esperava até o último minuto para fugir. Aqui, ele tira uma soneca ao lado da sua cunhada Ligia.

A entrada da sua Fazenda Nápoles, em Puerto Triunfo, Antioquia. A propriedade tinha um aeroporto, uma pista de kart, um zoológico e esse avião, que foi usado por Escobar para contrabandear os primeiros 5 mil quilos de cocaína para os Estados Unidos.

Eventualmente Pablo fez um upgrade para esse Learjet. Sua esposa Victoria desembarcando.

Os famosos hipopótamos do zoológico da Fazenda Nápoles. São um dos últimos sobreviventes do cartel, fugiram de lá algum tempo depois das terras serem desapropriadas pelo governo. Grupos relacionados à proteção dos animais ainda procuram por eles.

Admirador de pássaros exóticos, mantinha vários avestruzes na fazenda. Aqui um funcionário de Escobar oferece um cigarro a um deles.

Um Escobar pensativo, fotografado no aniversário de Juan Pablo em 1989. É a foto preferida de El Chino.