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Sabíamos que, para os palestinos vivendo sob o governo e a ocupação militar israelense, as coisas não eram tão legais assim, porém acreditávamos que os israelenses pretendiam criar um Estado compartilhado pelos dois povos. Nos anos 90, foi ficando cada vez mais difícil manter essa crença. As muitas tentativas de resolver o que agora é uma crise fracassaram uma após a outra: todas as rodadas de discussão de paz foram seguidas – ou até mesmo acompanhadas – pela construção de mais assentamentos, frequentemente em terras que eram cultivadas por palestinos há gerações.Logo ficou claro que A Bela Israel não é tão bela assim para os palestinos e que sempre foi assim. Muitas das "utopias" kibbutz são, na verdade, colônias segregadas construídas sobre as ruínas de vilarejos palestinos que sofreram uma limpeza étnica em 1948. E a democracia social do país sempre esteve restrita aos seus cidadãos judeus: há áreas controladas pelo exército israelense nas quais os moradores palestinos não têm permissão para andar nas ruas onde vivem."Os palestinos não querem que você os salve. Pedindo o boicote, eles querem que você não ajude Israel a oprimi-los."
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Quando ativistas do boicote pedem a alguns artistas para cancelar seus shows em Israel, aqueles que escolhem ir adiante geralmente dizem que estão tocando pela paz e para encorajar o amor e o diálogo. A autora J. K. Rowling escreveu uma carta ao Guardian dizendo que Israel precisa de "um envolvimento cultural que crie pontes, fomente a liberdade e um movimento positivo para a mudança". A sugestão de que fazer um show em Tel Aviv tenha algo a ver com promover uma mudança em direção a uma ordem social justa não combina com a realidade: incontáveis shows de artistas internacionais, alguns especificamente "pela paz", acontecem todo ano em Israel. Mesmo considerando apenas os últimos 20 anos, enquanto bandas dos EUA e do Reino Unido se apresentavam regularmente em Tel Aviv a fim de cantar para o público israelense sobre amor e diálogo, as condições só pioraram para os palestinos."Mesmo considerando apenas os últimos 20 anos, enquanto bandas dos EUA e do Reino Unido se apresentavam regularmente em Tel Aviv a fim de cantar para o público israelense sobre amor e diálogo, as condições só pioraram para os palestinos."
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