Mulheres brasileiras se juntaram ao movimento argentino do “Ni Una a Menos”

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Mulheres brasileiras se juntaram ao movimento argentino do “Ni Una a Menos”

​No ultimo domingo (23), mulheres se reuniram na Av. Paulista pra lutar contra o feminicídio e tiveram que dividir o espaço com manifestantes, que pediam a prisão do ex-presidente Lula.

Foto por André Lucas/C.H.O.C Documental/VICE.

A morte da jovem Lucía Pérez, 16 anos, que foi estuprada e brutalmente assassinada, chocou a Argentina e o mundo. Depois da grande manifestação que paralisou a Argentina na quarta-feira (19), no último domingo (23), a luta contra o feminícidio aconteceu também em São Paulo, na Av. Paulista.

Foto por André Lucas/C.H.O.C Documental/VICE.

A edição brasileira do "Ni Una Menos" teve centenas de mulheres reunidas contra a violência de gênero no país. As garotas, porém, dividiram o espaço na Paulista com outra manifestação que pedia as prisões do ex-presidente Lula, do presidente do senado Renan Calheiros e do ex-senador José Sarney — com direito a gritos a favor de Bolsonaro e pedidos de intervenção militar. Houveram relatos de manifestantes que hostilizaram as feministas. A PM, por sua vez, dividiu os grupos manifestantes.

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Foto por André Lucas/C.H.O.C Documental/VICE.

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Ainda que o movimento do "Ni Una a Menos" tenha surgido na Argentina, a tacha de feminicídio no Brasil é de 4,8 mortes a 100 mil mulheres — o quinto maior índice de violência de gênero no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foto por André Lucas/C.H.O.C Documental/VICE.

Joana de Oliveira Mendes, brasileira morta de forma violenta no último dia 5 de outubro era uma professora, de 34 anos, mãe de dois filhos: um adolescente de 14 anos, fruto do primeiro casamento, e um menino de apenas dois anos, resultado do seu relacionamento com o homem que tirou sua vida, Arnóbio Henrique Melo. Joana teve seu rosto completamente desfigurado, depois que o autor do crime lhe deferiu 31 facadas.

Diferentemente da Argentina, no Brasil há a Lei do Feminicídio (13.104/2015), sancionada no mandato de Dilma Rousseff, responsável por tornar crime hediondo o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou de discriminação de gênero no país.

Foto por André Lucas/C.H.O.C Documental/VICE.

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