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Health Goth: Basicamente, Health Goth é uma coleção de estilos e mentalidades que já existem – como o street goth, várias coisas da internet e vídeos fetichistas de roupas – que levamos para o Facebook. Isso também e influenciado por propagandas de marcas esportivas e os ambientes renderizados que elas criam.Vocês criticaram os artigos que saíram sobre o Health Goth. Vocês acham que foram representados equivocadamente pela mídia?
O principal é que eles estão tentando definir uma coisa que é basicamente amorfa. Também colocaram muita ênfase em frequentar academia, que é uma coisa que a gente nunca fez.
É, e essa contradição é parcialmente de onde o interesse vem, porque isso está constantemente desenterrando novas justaposições. Mas há outras coisas envolvidas em tentar ser saudável além de manter a forma: meditação, comer bem, ocupar ambientes limpos. Essa coisa de malhação veio de um cara chamado Jonny Deathface. Ele escreveu os "Dez Mandamentos do Health Goth", comprou o domínio na internet e começou a vender umas camisetas bregas. Aceitamos que não temos a propriedade do Health Goth, mas não queremos que as pessoas pensem que estamos apenas querendo vender camisetas toscas.
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Quando começamos, víamos propagandas ou roupas de que a gente gostava, e víamos alguma coisa sombria ou sexual que não deveria estar ali. Então o lado subversivo estaria em retratar essas propagandas sob uma nova luz, porque queríamos que esses aspectos fossem intencionais. E as coisas foram surgindo daí.O que está acontecendo com a Adidas?
Tivemos uma reunião com a Adidas na sede em Portland. Muitas vezes essas empresas não conseguem realmente se conectar com sua propaganda – elas não percebem o que estão fazendo. Então acho que é aí que a gente entra.Vocês receberam reações negativas por causa desse envolvimento com a marca?
A reação das pessoas vai ser o que tiver que ser, mas não estamos tentando fazer alguma coisa idiota para descolar uma grana fácil. Tem gente louca para fazer isso por aí, mas não a gente. Estamos indo bem nas nossas vidas normais. Se pudermos fazer algo que seja legal, ótimo – se vender é ótimo.Qual é o papel da net arte na estética Health Goth?
Entramos nesse mundo através vários artistas da internet que estão fazendo uma coisa própria. Gente como Ramona Vektroid, Gergo Kovacs e Jono Mi Lo, que já estava lá no começo do seapunk. Somos ligados ao aceleracionismo como movimento no geral, e tudo isso tira coisas do bombardeio constante da publicidade.
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A perspectiva que as pessoas têm disso é muito estranha. Todo mundo dessa pequena cena surtou quando a Rihanna apareceu usando imagens seapunk no Saturday Night Live, mas pense quanta gente viu a apresentação sem ter a menor ideia de onde aquilo tinha vindo. Você não pode se preocupar com a cooptação da net arte porque essa é a natureza da cultura da internet. Isso tem o poder de fazer as coisas se referirem a elas exponencialmente. O que você vai fazer?
O lance com a estética aceleracionista é que isso pode ascender e ser reduzido a nada em questão de semanas. Mas, inevitavelmente, algumas dessas estéticas vão chamar mais atenção que outras. É aqui que estamos. Podemos continuar achando essas imagens, mas isso é realmente a respeito de como as pessoas se envolvem e interpretam isso. Se isso ficar marcado apenas como uma coisa de malhação, a cena vai morrer super-rápido. Ninguém vai dar a mínima pra gente indo malhar de preto no feed do Facebook.Finalmente, o que está tocando na playlist do Health Goth no momento?
Música eletrônica distópica tem um apelo óbvio – selos como Pan e Liminal Sounds. Também curtimos sons industriais, o que é uma ligação com o gótico original. Coisas como L-Vis 1990, que é muito avançado em termos de produção, mas faz mixes com Front Line Assembly. Muitas das produções dele são tiradas dos sons que esses caras originais estavam usando, mas a coisa é limpa.Mas temos evitado associar um som particular ao Health Goth, porque quando você liga áudio e visual, você limita e homogeniza. Veja o Witch House, que chegou a um ponto onde podia existir um aplicativo disso que juntasse batidas de hip hop com baixo profundo e jogasse um triângulo por cima. Não queremos isso.Siga o Alex Horne noTwitter.Tradução: Marina Schnoor