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Os Momentos mais Bonitos dos Videogames

Nada como a calmaria antes da tempestade.

Curtindo no sofá em The Darkness – aproveite esse momento de calma, porque o jogo está prestes a ficar feio.

Se você pedir a alguém que não vê isso há muito tempo para descrever um videogame normal, a pessoa provavelmente vai falar em armas, explosões e ação contínua. É uma conclusão compreensível: em qualquer série ou cena de filme em que alguém joga videogame, o personagem é mostrado apertando botões freneticamente num controle genérico com efeitos sonoros dos anos 80 ao fundo.

Mas, como qualquer gamer pode dizer, seja qual for a plataforma ou dedicação dele à causa, o mundo dos videogames oferece muito mais do que violência sem sentido. Há décadas, esse meio em crescimento vem proporcionando momentos memoráveis, que ficam na sua cabeça por muito tempo depois que os créditos passaram na tela. Aqui vão alguns dos momentos mais bonitos – uns visualmente surpreendentes, outros simplesmente emocionantes – na história dos videogames.

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Um jogo completo de Out Run.

Out Run: Céu Azul

Dizem que os videogames hoje são muito pesados, realistas e cinzas. Pode não ser sempre o caso, mas a verdade é que ambientes de concreto sujo são muito comuns hoje em dia. Porém não foi sempre assim, e Out Run é o exemplo perfeito. Toda fase do fliperama de corrida imortal da SEGA tem sua própria paisagem: dunas, estradas nevadas, tudo o que você imaginar. E, sim, mesmo as fases de concreto são lindas, com túneis enormes feitos de incontáveis arcos de pedra. Mas nada é mais memorável que a sessão de abertura, com palmeiras infinitas e um céu azul tão icônico que muita gente se refere a "céu da SEGA" quando aponta o que está faltando nos jogos atuais.

Elite Beat Agents episódio 12: um presente de Natal.

Elite Beat Agents: Um Presente de Natal

Não tem nada mais bonito do que o amor entre uma garotinha e seu pai, e nada mais triste do que quando esse laço é cortado pela morte repentina dele. Um videogame estrelado por líderes de torcida motivacionais provavelmente é o último lugar no qual você esperaria encontrar uma história dessas, mas a fase do Presente de Natal de Elite Beat Agents , da Nintendo, oferece exatamente isso, contando a história de Lucy e sua mãe tentando lidar com o primeiro Natal sozinhas. Lucy, de sete anos, é muito jovem para entender e acha que o pai vai voltar para casa como um presente de Natal; então, depende do jogador usar os poderes dos agentes para garantir que o fantasma do pai chegue até ela. Fiquei com os olhos marejados.

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O livro da Rosalina.

Super Mario Galaxy: O Livro da História de Rosalina

As plataformas da Nintendo têm tantos momentos bonitos que eu podia fazer esta matéria só com os games da empresa, mas, para citar apenas mais um, eu escolheria o do livro de histórias que lentamente se revela através do jogo principal de Super Mario Galaxy. Enquanto você destrava novas fases e lê mais o conto, acaba ficando claro que essa é a história da origem de Rosalina, contando como ela foi separada da mãe quando criança e ficou totalmente sozinha. A história de como ela conheceu Lima e logo ganhou uma nova família é uma das coisas mais fofas que você vai ver num videogame.

Gitaroo Man, a acústica "Legendary Theme".

Gitaroo Man: "Legendary Theme"

Muito antes de nos dar Elite Beat Agents, a desenvolvedora iNiS lançou esse fantástico jogo para PlayStation sobre um cara com uma guitarra superpoderosa que pode destruir inimigos. Cada fase tem seu próprio estilo musical; no entanto, mesmo com muitas faixas de sapateado ou bate-cabeça, a calma "Legendary Theme" é a trilha que fica na memória de todo mundo que jogou Gitaroo Man. Salvar o mundo de violões espaciais é ótimo, mas a grande conquista do nosso herói no jogo é ganhar o coração da garota que ele ama nesse momento tocante, passado num cenário que inclui pôr do sol no mar e fogueira.

Squall e Rinoa arrasando na pista.

'Final Fantasy VIII': A Cena do Salão de Baile

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A série de RPG épica da Square Enix tem muitos momentos emocionantes, porém geralmente eles são mais deprimentes do que belos: aquela morte em Final Fantasy VII acaba sendo um exemplo perfeito. A cena do salão de baile em FVIII, no entanto, é um dos momentos mais bonitos da série, quando o quieto e mal-humorado Squall é seduzido pela extrovertida Rinoa e arrastado até a pista de dança contra sua vontade. O que começa desconfortavelmente, com a dupla esbarrando nos outros dançarinos, se torna algo muito bonito enquanto eles finalmente se adaptam um ao outro e por fim se conectam – não só em termos de dança, mas emocionalmente.

Um presente de aniversário, um momento de pausa antes de dar muita merda.

The Darkness: Passando a Noite em Casa

É estranho, mas um dos momentos mais memoráveis dos videogames da última geração não envolve nenhum jogo. Você pode pôr o controle de lado e se sentar quentinho e confortável, enquanto o protagonista Jackie senta no sofá com a namorada Jenny para assistir a TV. Na verdade, há vários longas escondidos em The Darkness, o que significa que, em teoria, você pode passar a noite inteira abraçadinho com sua parceira virtual assistindo a O Sol é Para Todos em vez de progredir na história principal do game. É algo incrível quando um jogo te deixa experimentar momentos de intimidade do seu personagem, e isso torna o que acontece com a namorada dele mais tarde ainda mais poderoso.

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Encontrando as girafas em The Last of Us

The Last of Us: As Girafas

Nós, pessoas modernas, damos muita coisa como garantida, e The Last of Us faz um trabalho foda nos mostrando como a vida seria se o mundo sofresse uma grande epidemia e quase todo mundo que você conhece morresse. Enquanto Joel e Ellie exploram os arredores no game, fica explicado que, como Ellie nasceu depois do surto, há muita coisa no mundo que ela nunca viu. Então, quando a dupla encontra um bando de girafas no Utah, é uma coisa linda ver a reação de Ellie. A necessidade de sobreviver fez com que ela crescesse mais rápido do que deveria, porém, quando ela vê as girafas, aquele maravilhamento da criança volta.

O trailer de lançamento da versão para PS4 de Journey.

Journey: Uma Ligação Sem Palavras

Nem preciso dizer que Journey é um jogo visualmente lindo: é só assistir ao vídeo. O que não fica imediatamente claro para quem ainda não jogou é que haja algo ainda mais especial escondido nele. Jogando pela internet, você vai acabar encontrando outro personagem. Essa figura nunca fala com você: tudo que vocês podem fazer é uma música que afeta a paisagem. Logo, fica claro que esse outro personagem não é uma inteligência artificial – é outro jogador de Journey experimentando a mesma coisa que você. Silenciosamente, vocês seguem pelo jogo, se ajudando e garantindo que cada jogador não precise fazer essa jornada sozinho. Antes um título exclusivo de PS3, esse game saiu para PS4 recentemente; assim, se você ainda não o jogou, agora é a hora.

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Tradução: Marina Schnoor