Falando sobre acidentes nos sets e políticos pegáveis com performers e celebs no Prêmio Sexy Hot 2016

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Falando sobre acidentes nos sets e políticos pegáveis com performers e celebs no Prêmio Sexy Hot 2016

A terceira edição do prêmio do pornô brasileiro contou com uma baciada mais generosa de (sub)celebridades e novas categorias para o público LGBT.

Todas as fotos por Larissa Zaidan.

É o terceiro ano consecutivo que acompanhamos religiosamente a premiação do pornô brasileiro, idealizada pelo canal Sexy Hot. É visível que a cada edição há um investimento maior por parte da Globosat (dona do canal) para cada vez mais engrossar a importância do evento e agradar a indústria (que ainda continua capenga). Nesse ano, ficou claro o esforço dos organizadores quando vimos uma leva mais generosa de celebridades e subcelebridades convidadas para apresentarem as categorias durante as quase duas horas de premiação. Como sempre, grande parte das categoriais são decididas pelo júri popular pela internet e quatro categorias são definidas por um júri técnico composto pelo gigante David Cardoso, Clara Aguilar e, por motivos quase incompreensíveis, Xico Sá.

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O Sexy Hot mostrou também que é eficiente no controle de danos e responde relativamente bem às suas falhas. Foi criticado na primeira edição por só premiar as produtoras mais conhecidas e não listar nenhuma categoria LGBT. Assim, no ano seguinte, um leque mais variado de produtoras concorreu os prêmios e o Sexy Hot colocou uma ou duas categorias LGBT. Ainda assim, as performers trans se sentiram pouco contempladas e quem trabalha com pornô gay sentiu falta de representatividade. Com isso, em 2016, realmente o canal conseguiu abarcar todo mundo. Performers héteros, trans, travestis, lésbicas e gays estavam devidamente representados dentro das 17 categorias desse ano.

Ainda assim, vira e mexe o apresentador Leo Jaime dava uma escapada e soltava uma piada meio transfóbica ou um comentário calcado naquele fundinho de homofobia. O que passa um pouco a impressão que todo mundo tenta forçar esse lance de orgulho LGBT para atrair mais as atenções, mas no fundo ninguém realmente quer entender de verdade. De qualquer forma, o prêmio Sexy Hot mereceu um cookie pelo esforço.

Após uma longa hora fazendo tapete vermelho (sendo atropelada por fotógrafos mal-educados) e assistir à premiação, aproveitamos as taças em abundância de champanhe que circulavam no salão de festas e vimos coisas legais. O Anderson Leonardo (Molejo, caralho), que fez de longe a melhor entrega de prêmio da noite, rodava pela festa tirando muita onda e bebericando uma tacinha de goró; as performers trans andavam em grupo e cintilavam, literalmente, por causa dos seus vestidos; as performers queridinhas como a grande ganhadora da noite Patty Kimberly, a Barbara Costa, a Fabi Thompson e a Angel Lima conversando entre si (e fazendo muito homem alcoolizado parar para pedir foto); além da presença de algumas figuras conhecidas do meio como Babalu, Stanlay Miranda e Fernandinha Fernandez, que deram as caras por lá.

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Aproveitando a presença das celebridades e performers da indústria, nós disputamos com o pessoal do carpete vermelho para bater um papo com uma cacetada de gente.

Patty Kimberly, performer veterana e grande ganhadora da noite nas categorias Melhor cena de dupla penetração, Melhor cena de ménage, Melhor cena de fetiche e Melhor cena de orgia/gang bang.

Patty exibindo os prêmios que faturou na noite. Fotos por Larissa Zaidan

VICE: Qual é o filme pornô que mais te marcou?
Patty Kimberly: Tem muitos, falar qual me marcou é complicado.

Mas tem algum gênero que você mais gosta de assistir?
Gosto muito de lesbo, bastante fetiche e tudo que saia mais um pouco do normal e eu, por incrível que pareça, adoro assistir filme pornô japonês. Tudo que mexe com fetiche eu assisto bastante.

Você consegue lembrar de alguma situação engraçada que já rolou com você num set?
Putz, são tantas que nunca consigo lembrar nessas horas. Mas já aconteceu da gente filmar na praia e a onda inundar o carro e levar tudo embora. Na verdade, foi mais trágico do que engraçado.

Tem algum político que você pegaria?
Ui, essa é polêmica. Vou até começar a olhar esse pessoal com outros olhos (risos). Vou começar a observar mais.

Mas tem alguma personalidade que você com certeza ficaria?
Nossa, com certeza o Zezé di Camargo. Eu até já sonhei com ele.

Marcos Morais, dono da produtora MM Vídeos e ganhador das categorias Melhor cena de fetiche

O produtor e diretor Marcos Morais sendo levado na coleira pela performer Mel Fire.

VICE: Tem algum pornô que marcou sua vida?
Marcos Morais: Chama Service Animals 21 de uma produtora chamada Evil Empire. Foi o primeiro pornô que eu vi, normal, que tem um componente de dominação feminina, que é minha área.

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Qual foi a situação mais constrangedora que você passou num set de filmagens?
Já passei por atrizes que ficaram bêbadas durante a preparação de cena. Enquanto eu estava filmando uma, a outra ficava falando perto da câmera que eu tava com preconceito porque ela estava bêbada. Tem sempre os eventuais machucados também, porque meu filme tem coisa de sadomasoquismo. Ainda bem que tem um hospital perto de onde gravamos.

Quais são os machucados mais comuns que rolam nos seus filmes?
Ah, sempre fica uns machucados na perna e como eu trabalho de vez em quando com tortura genital fica sempre um inchadinho. O ideal é usar um chicote de qualidade que deixe vermelho, mas não chega a cortar a pele.

E tem alguma política ou político que você pegaria?
Eu pegava a Gleisi Hoffman muito fácil. Acho que ela tem cara de muito escrota e malvada.

Mel Fire, atriz e performer

VICE: Qual foi o filme que marcou muito a sua vida?
Mel Fire: Um filme não sei, mas comecei a gostar pelos filmes da Burning Angel que tem uma pegada mais Suicide Girls.

Tem algum ator ou atriz que você adora?
Além, óbvio, da Joanna Angel, tive a oportunidade de conhecer algumas pessoas na feira que teve em Las Vegas da indústria. Algumas pessoas não me chamavam muita atenção até eu conhecer pessoalmente e ver que são uma simpatia, tipo a Asa Akira. Ela é uma gracinha, lindinha. Nem preciso falar dos filmes dela.

E os acidentes que rolam no set? Já aconteceu com você?
Olha, vou seguir a resposta do Marcos. Trabalhar com fetiche é batata que alguma coisa pode dar um pouco errado. Então sempre rola aquele chute que você dá e vai pro lugar errado, um salto que quebra, alguém que escorrega em algum fluído que não se sabe de onde veio.

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Tem algum político que você pegaria?
Ai não, político eu tô fora.

May Medeiros, diretora e produtora, uma das sócias da XPlastic e Safada.Tv e parte do Coletivo POPPORN

VICE: Me fala um filme adulto que mudou sua vida?
May Medeiros: Putz, com certeza é da produtora Abby Winters. Eu vi e fiquei chocada porque é um filme completamente normal, as minas são as mais cruas possíveis e o sexo é o mais cru possível. E isso é uma coisa completamente diferente do pornô convencional, que tudo é um exagero. Eu vi isso com 19, 20 anos.

E as situações constrangedores e/ou engraçadas que você já vivenciou nos sets?
Ah cara, não tem como, a mina passar cheque sempre vai ser uma situação difícil. (risos) Sempre vai rolar. Tem uma situação que não é necessariamente engraçada, mas a primeira vez que gravei com a Mônica Mattos eu era ainda super cabacinha e ela, nossa, ela é foda. Eu fiquei deslumbrada, achava que tava apaixonada por ela. Ela tira sarro de tudo e faz um anal maravilhosamente bem. Além de tudo ela tem esse humor dela meio sádico, muito bom, brinca com as coisas. Ela me marcou muito, conhecer ela foi muito foda.

Hilda Brasil, performer trans, concorreu na categoria Melhor Cena Trans

VICE: Quanto tempo você está na indústria?
Hilda Brasil: Dez anos.

E aí, você está feliz de estar concorrendo? Você concorreu no ano passado também, não lembro?
Não, não. No ano passado, eu só fui pra festa, né. Esse ano eu tô bem feliz de estar concorrendo, pra mim nem importa ganhar, já é estar concorrendo. É um reconhecimento.

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Você acha que não falta as atrizes trans concorrerem na categoria de melhor atriz e LGBT, por exemplo?
Ano passado não teve e esse ano fizeram um debate profundo e aí incluíram esse ano.

Tem algum filme pornô que você viu antes de começar a carreira que te marcou muito assim e que você quis fazer?
Não. Que marcou assim, não. Eu vi as trans fazendo e eu pensava: "nossa, como será que elas conseguem", né? Onde será que eu devo ir e tal. Porque eu sou de Natal e lá não tinha nada disso. E pensava, sempre sonhei em fazer filme mesmo, aparecer nos DVDs, nas capas.

Você gosta de ser reconhecida na rua? Tem gente que te reconhece?
Já. Já teve até casal. Tipo esses casais que faz swing. Me chamaram no shopping center e ficaram me chamando, falaram que eram meus fãs. Já me reconheceram no metrô e hoje em dia com as redes sociais no Facebook e Instagram tem cara que vem e fala que é meu fã. É bem legal.

Teve alguma situação engraçada?
Já, mas é meio…sei lá. Pode falar?

Claro, por favor.
Ah, quando a gente faz sexo anal precisa se prepara e fazer a chuquinha, né? E acabou ficando um pouco d'água dentro de mim e na hora de fazer ela derramou. Já teve várias coisas tipo, o cara ser a passiva e não conseguir na hora H e eu ser a ativa. Essas coisas.

Como você acha que tá a indústria depois de 10 anos de carreira? Mudou muita coisa?
Hoje em dia os cachês estão mais baixos devido à pirataria. Antigamente eu fazia um vídeo e era capa de DVD e agora a própria internet fez esses cachês abaixarem porque qualquer pessoa que tem uma câmera pode gravar um vídeo amador e jogar no XVideos. Eu já trabalhei com muita gente do mercado internacional. Os cachês costumam ser mais altos e a produção melhor, mas hoje em dia o produtor gringo contrata um produtor brasileiro para gravar um filme aqui no Brasil mesmo e vender pra fora.

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Tati Ferreira, youtuber do canal Acidez Feminina

Vice: Esse é o seu segundo ano aqui já?
Tati: Isso, na verdade, eu vim na primeira edição, em 2013. Eu apresentei uma das categorias e agora eu tô voltando de novo. No ano passado, eu não estava aqui.

Você tem algum gênero de pornô favorito?
É, então, eu tenho uma coisa assim, não chega a ser um gênero, mas é uma coisa muito específica: gosto de ver mulheres que se parecem muito comigo para me colocar no lugar delas. Então, eu geralmente procuro mulher morena, alta, e aí assisto esses. Mas, gênero, gênero não. O que tiver de legal assim, depende do dia.

Tem algum que você odeia? Que você olha: não, não gosto!
Hum, deixa eu pensar. Quando tem muita orgia, eu fico confusa. Muita gente, fazendo muita coisa ao mesmo tempo. Eu fico mais observando do que está acontecendo do que aproveitando o momento mesmo, eu evito isso.

Você lembra algum nome de algum pornô que te marcou muito. Algum título?
Que me marcou assim, não. Porque eu não costumo olhar muito o nome. Mas desses da categoria, eu acho que o mais criativo hoje foi o Fábio Gamp, o comedor da história. Esse foi sensacional.

Alguma uma outra pergunta, mais polêmica. Dos políticos brasileiros, tem algum que você pegaria?
Cara, que pergunta difícil. Mas, eu acho que, têm alguns que são bonitos. Pela beleza eu até pegaria alguns. Mas, eu acho que pelo meio que tá envolvido, eu ia sair fora facinho.

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Tem algum que você lembra de cabeça?
De político mesmo, não. Mas o Sérgio Moro é bem charmoso, convenhamos. Tá envolvido na política mas não chega a ser um político.

Já leu o conto erótico do Japonês da Federal?
A fanfic? Não li ainda, vou procurar. Quero ver!

Anderson Leonardo, membro de uma das melhores bandas do Brasil, o Molejo

Você gosta de pornô, Anderson?
Ah, é claro né. Por isso que eu tô aqui. Sou filho de deus também.

Tem algum que marcou muito a sua vida quando você assistiu?
Ah, como você sabe, eu sou menino bem… nasci nos anos 70, então, um filme que marcou minha vida foi aquele famoso Garganta Profunda.

Você foi no cinema ver?
É, eu vi no cinema em Cascadura, quando eu morava na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Você foi escondido?
Escondido, né. Na época, a gente era de menor, não podia entrar, então a gente foi escondido. Meteu aquela cara de mais adulto .

E hoje em dia, você continua vendo muito pornô? Você baixa na internet? Como você faz?
Com certeza. Eu vejo pornô na internet, no telefone, e vejo em casa também. Sou assinante. É bom que dá aquela apimentada na relação, né.

Nesse cenário político, tem alguma política que você acha muito gatinha e gostaria de ficar?
Tenho medo de falar esse negócio aí, sei lá né. Bem, na verdade, só se for agora a atual prefeita de Roma, né, dizem que é muito gata.

Não vi, você lembra o nome dela?
Não lembro o nome dela não. Mas você pode pesquisar aí, a nova prefeita de Roma.

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Andy Star, performer e ganhador da categoria Melhor Ator Homo

VICE: Achei muito bonito o seu discurso e achei muito legal que você ganhou. Como é que você se sentiu quando você ouviu o prêmio?
Andy Star: A emoção foi porque eu entrei no pornô porque eu fui demitido por exercer a minha sexualidade, e quando eu fui abraçado pelas pessoas do pornô, eu parei de sentir vergonha e passei a sentir orgulho de mim mesmo. Como eles, sofro muita brincadeira, bullying, eu tô falando. E eu pedi para eles para não sentirem vergonha nunca por trabalharem com isso, que é um trabalho que não é incomum, é incomum, lógico, mas não desmerece ninguém esse trabalho.

Há quanto tempo você está no pornô já?
Tem um ano só. Eu demorei para levantar, porque eu estava indicado a Revelação, e esse que achava realmente, tipo… Aí, quando chegou o Melhor Ator, eu fiquei: "será que sou eu? Será que sou eu?". Aí foi, eu demorei para levantar, mas fui.

E o que foi que te fez entrar na pornografia de vez? Fora o lance do seu antigo trabalho.
Quando eu era mais jovem, eu pensava nisso. Mas nunca tive confiança de entrar. Daí, nesse problema que eu tive, teve um momento que eu não pude mais escolher. E daí eu tive a sorte de receber o convite da Hot Boys, que é a minha primeira empresa e graças a Deus, deu muito certo.

Tem algum gênero que você gosta de fazer? Fetiche?
Ah sim, as minhas cenas todas têm um lado de fetiche e muito com a liberdade sexual. Eu prezo muito para tentar desmitificar algumas coisas, até mesmo entre nós gays.

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Tem algum político que você acha gatinho que você pegaria?
Bolsonaro. Bolsonaro, eu te amo. Eu amo você!

Giovana Bombom, performer

Qual o filme pornô que mais marcou a sua vida?
Foi o Orgia na piscina, esse que eu tô concorrendo. Foi muito bem trabalhado. Me empenhei muito.

Quanto tempo que você está na indústria já?
Há um ano.

E tá curtindo, legal?
Sim, curtindo muito. Fico até surpresa né…

Quantos filmes você já fez?
Nove. Fora os fetiches que eu não conto.

Por que você não conta?
Ah, porque pra mim, eu gosto mesmo mais de filme. Eu conto mais em filmes.

Os fetiches você grava mais cena? É mais ou menos assim que funciona?
É. Só que é mais curto, é pouco. Não tem muita ação.

Da onde você é?
Eu sou baiana, mas moro no Rio.

Nesse cenário político, tem algum político que vem à cabeça e você acha meio gatinho, que você pegaria?
Ai, quando você fala de político, não vem nenhum né. Assim, gatinho. Não vem nenhuma lembrança.

Só vêm os velhos né?
É (risos). Ai. Não vem nenhum no momento.

Bruna Surfistinha, escritora e ex-trabalhadora do sexo

VICE: Tem algum filme que você assistiu quando você era mais nova e te marcou muito?
Bruna Surfistinha: Nossa. Sou péssima para guardar nomes. Mas assim, já teve filmes que tipo, eu tava no motel e tal, e assisti e falei: nossa, que incrível, queria muito ser essa atriz, queria estar no lugar dela. Nome mesmo, é difícil guardar nomes.

Você já chegou a gravar algum filme?
Eu gravei quando tinha 18 anos. Estou com 31. Bastante tempo.

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Como é que foi a experiência?
Ah, foi uma experiência bem diferente para mim. Eu curti, tal, na época. Acho que tinha tudo a ver. Ali, eu fazia programa ainda. Então pra mim foi bacana, porque eu consegui elevar o meu cachê pro programa, mas eu não faria de novo. Recebi convites depois, mas eu não faria de novo.

Você não faria de novo, por que não te interessa mais? Ou a grana não tá muito legal?
A grana não contribui muito. E também é uma exposição muito grande. Então, já fiz e já passou essa fase.

Desde quando você começou a aparecer na mídia, você se sente contemplada por esse movimento feminista, do respeito às mulheres, "meu corpo, minhas regras", o que você acha disso?
Acho um máximo. Sou super feminista. Tanto que eu inaugurei uma loja, uma sex store, agora em abril. Que é super feminista, pensando só nas mulheres. Os homens sentem prazer de forma indireta. Só vende produtos para mulheres. Para que elas se descubram sexualmente. Porque têm muitas que têm vários bloqueios e ainda não sabem o que é orgasmo. Ainda não se sentem à vontade a se descobrirem sexualmente. Então eu penso muito nessas mulheres e eu acho o máximo esse movimento feminista.

Dentro desse cenário político, tem algum político que você olha e acha meio gatinho?
Político é difícil, viu.

Alguma personalidade, talvez, que você acha gatinho?
Ai, olha, muitas mulheres acham, né, não sei se é pecado não, mas o Padre Fábio de Melo. Mas com todo respeito ao padre (risos).

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Geisy Arruda, celebridade

VICE: Você falou que gosta de pornô de historinha né?
Geisy Arruda: Sim!

Qual a melhor historinha que você gosta?
Eu sou muito clichê nessa parte, acho que da personal trainer, da professorinha, da médica, da enfermeira, do cara da piscina também é legal. Essas coisas clichês que dão certo.

Você gosta mais da mulher mais dominante ou do homem mais dominante? O que você mais prefere?
Eu acho que é o homem que tem que dominar. Eu sou assim, um pouco antiga nessa parte. O homem que tem que tomar iniciativa. O homem que tem que paquerar. Eu gosto de ser paquerada, eu gosto de ser conquistada. O homem tem que ter o trabalho. Essa coisa da mulher chegar: ai, quero você, me come. Não gosto. Acho que tem que pedir.

Você é mais tradicional?
Total tradicional. Sou um pouquinho chatinha nessa parte.

E essa nova onda do feminismo? Do "meu corpo, minhas regras", respeito às mulheres, você gosta disso, você chegou a acompanhar?
Eu acho que a gente evoluiu bastante nesse quesito. Mas tem muito ainda a evoluir. A mulher tem muito ainda para conquistar. Hoje a mulher é agredida no metrô! Hoje, ela é estuprada e ainda a culpa é dela. Um exemplo, que não tem como não falar, da menina do Rio de Janeiro, estuprada pelos 33 caras. E eu vi nas redes sociais: "Ah, mas ela ia no baile funk. Ah, ela usava drogas". Isso não justifica. Então acho que a mulher tem muito ainda para conquistar o seu devido espaço, a gente ainda tá anos luz atrás.

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De que aconteceu aquele caso, logo quando você apareceu, na faculdade. Você acha que deu uma evoluída?
Ah sim, no quesito do vestir, né? Sim. Hoje a mulher tem mais liberdade para usar o que quer, o que gosta. E eu me sinto um pouco pioneira, até porque eu sou um exemplo de bullying nacional e uma feminista convicta. E acho que mulher tem que usar o que quer mesmo. E aqui é um lugar que não tem preconceito. Pelo menos as pessoas que estão aqui. Temos mulheres lindas, atrizes pornôs. E quando me chamaram, eu adorei a ideia, super topei e estou muito honrada por estar aqui hoje.

Nesse cenário político atual, tem algum político que você acha gatinho, que você pegaria?
Gente, sabe quem eu acho gatinho e que não é político, é o Padre Fábio de Melo. Não tem nada a ver com isso. É até um pecado eu ir na missa dele. Então eu nem vou. Porque a nossa política só tem homem feio. Um tem olho caído, outro tem um olho quebrado. A gente tá ruim de beleza na política. Vamos pro Padre. Foca no Padre.

Pietra Príncipe, apresentadora do canal Tá Dentro

Tem algum gênero que você gosta muito de assistir?
Tem. Eu gosto muito de point of view. Que é meu ponto de vista.

Você lembra de algum título que mais te marcou?
Olha, os títulos não me marcam, porque eu tento não pensar, porque eu acho eles mais engraçados do que sexy. Mas tem atrizes que eu gosto. Eu gosto de uma atriz, que é a Alexis Texas, não é siliconada, não tem nada, mas tem um bundão. Eu acho ela maravilhosa.

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Do cenário atual de políticos, qual que você ficaria?
Putz, na minha vida ou para votar?

Para sua vida. Não precisa casar.
Ai não, gente, já parei de ficar com cara porque vi ele numa foto com o Aécio. É difícil isso. Juro que eu broxei assim, totalmente. Difícil. Tá puxado.

Qual mais te broxa, então?
Ai, gente. Todos os bandidos. Mas aí não sei. Todos os que tiverem ficha suja. Os ficha-limpa vocês podem me mandar o casting que posso até dar um papo.

Rogéria, artista performática & lenda

Você assiste pornô? Você gosta de assistir?
Ah, eu gosto. Eu gosto. Principalmente quando o homem é bom. Às vezes eu vejo umas barangas, aí não dá para ter tesão de maneira nenhuma. Mas quando o homem é bom e a mulher é ótima. É gostoso! Masturbação. Você goza com você mesmo. Posso falar tudo isso né?

Pode, claro que pode!
Eu acho masturbação uma coisa fantástica, porque você, às vezes, não tá com vontade de sair com ninguém, mas tem uma lembrança, em que você vai à loucura sexualmente. Fantástico. Gosto muito!

Tem algum filme pornô que te marcou quando você viu?
Pornô? Pornô não. Um filme que me marcou foi Como Agarrar Um Milionário, com Marilyn Monroe, entrando naquele banheiro, cheio de espelhos, aí eu ia enlouquecer.

É uma ótima escolha. Uma última pergunta. Agora nesse cenário político, tem algum político que você acha gatinho. Que você pegaria?
Não. Atualmente eu jogaria os políticos dentro de um vulcão, assim, explodindo. Porque não tô nem de um lado, nem do outro. Eu acho que político tinha que dar educação e saúde a esse povo. Não, eu sou de uma época : "De 90 milhões em ação. Pra frente Brasil". Hoje são 200 e poucos milhões, então a educação está muito lá atrás e a saúde… Eles precisam levantar essa bandeira. E a gente às vezes fica deprimido com essas coisas que estão acontecendo no país. Isso é muito chato. Deixem de pegar no pé da gente. Agora eu tô sabendo que o Bolsonaro tem um problemas lá… Esses pastores, querido, a gente ama Cristo. Cristo é vida! Portanto, não venham com essas coisas pra cima da gente, porque nós não temos nada a ver com essa roubalheira do governo. Eles estão tomando conta do dinheiro do Governo que deixou o país nessa situação.

David Cardoso.

As performers Bárbara Costa e Patty Kimberly tirando uma selfie durante a premiação.

Solange Gomes. "Qual político eu ficaria? Provavelmente pegaria o Romário de novo."

Bianca Jahara.

Performers trans brilhando muito.

A performer Babalu.

Angel Lima, Patty Kimberly e Fabiane Thompson.

Veja mais fotos da Larissa Zaidan no Instagram dela.

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