Mulheres da América Latina protestam contra a onda de feminicídio e violência de gênero
(AP Photo/Natacha Pisarenko)

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Mulheres da América Latina protestam contra a onda de feminicídio e violência de gênero

Depois de um brutal estupro e assassinato de uma jovem de 16 anos na Argentina, mulheres foram às ruas em diversos países da América Central e do Sul no movimento chamado “Ni Una Menos”.

O brutal estupro e assassinato de uma jovem de 16 anos no começou do mês na Argentina inspirou protestos por toda a América Central e do Sul na última quarta-feira (19).

Batizados de "Quarta Negra" pelos organizadores, greves e protestos aconteceram na Argentina sob a demanda geral "chega de violência machista". O movimento pelo direito das mulheres intitulado "Ni Una Menos", que chamou atenção do mundo em 2015 focando na violência generalizada contra as mulheres, usou a hashtag #NiUnaMenos e #MiercolesNegro para envolver mulheres do mundo todo.

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Chilenas, mexicanas, brasileiras, bolivianas, paraguaias, salvadorenhas e uruguaias ouviram o chamado e juntaram forças para protestar contra o feminicídio e a violência de gênero.

O problema do feminicídio na América Latina é tão abrangente quanto chocante. A região compreende aproximadamente metade dos casos do tipo no mundo, segundo o Small Arms Survey, um grupo que monitora violência pelo mundo.

A Argentina tem feito ações para lidar com o problema recentemente — em 2012 o país introduziu uma lei de feminicídio que inclui prisão perpétua para culpados e, anos antes, o governo aprovou uma lei maior para abordar a questão da violência doméstica no país. Apesar dos últimos esforços do governo argentino, o feminicídio e a violência contra a mulher continuam uma realidade profundamente enraizada na Argentina, onde 286 mulheres foram assassinadas em crimes de gênero em 2015.

Tradução do inglês por Marina Schnoor.

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