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A Reintegração de Posse da Vila Autódromo Tá Barra-Pesada

A tentativa malsucedida em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, deixou moradores feridos gravemente na última quarta-feira (3/6).

Foto: Kátia Carvalho

A tentativa malsucedida de desapropriação de imóvel na Vila Autódromo, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, deixou moradores feridos gravemente na última quarta-feira (3/6). A vizinhança é próxima ao Parque Olímpico - que está sendo construído para os Jogos Olímpicos de 2016.

Foto: Kátia Carvalho

A Comunidade Vila Autódromo vem sofrendo com remoções por parte do prefeito Eduardo Paes (PMDB). A grande maioria dos moradores ainda permanece no local e não aceita deixar suas casas. Eles esperam por uma reunião com o prefeito para discutir sobre um plano de urbanização que vem sendo reivindicada há tempos.

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Foto: Katia Carvalho

Logo pela manhã de quarta-feira (3/6), agentes da Guarda Municipal, COMLURB, policiais militares e um oficial de justiça, entre outros, chegaram à comunidade com um trator para derrubar dois imóveis na comunidade. Homens, mulheres e jovens se posicionaram na frente das casas para impedir a entrada dos agentes. Eles gritavam: "O povo unido jamais será vencido".

Foto: Kátia Carvalho

Quem chegou logo em seguida para dar apoio aos moradores foi o padre Fábio, da paróquia local. Ele colocou seu carro na entrada das casas que seriam demolidas. Em seguida, foi conversar com a promotora de justiça e os guardas municipais. No entanto, a ordem foi dada para os agentes do GOE (Grupamento de Operações Especiais) da Guarda Municipal, e moradores foram agredidos a golpes de cassetete, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Muitos foram feridos por golpes de cassetetes nos braços e na cabeça, inclusive idosos.

Foto: Kátia Carvalho

Foto: Kátia Carvalho

Por volta das 16h, veio a informação de uma decisão judicial liminar que derrubou a autorização da Prefeitura. Moradores comemoraram e vaiaram os guardas municipais na saída. A situação ainda é preocupante para os moradores; assim, desde segunda-feira (8/6) eles fazem vigília com a presença de apoiadores para tentar impedir novas demolições. Após a repercussão da ação truculenta dos agentes, sobretudo na imprensa internacional, eles vêm recebendo apoio de diferentes movimentos sociais e instituições que estão dentro da comunidade para oferecer resistência contra possível ação da Prefeitura.