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Alicia Thomas: Fiz gravura na escola de artes, e trabalhei com isso por alguns anos depois que me formei. Percebi que esse é um campo que está morrendo, como fotografia em filme, então peguei um emprego de balconista [num estúdio de tatuagem]. Alguns meses depois, eles me ofereceram uma vaga como aprendiz.Então me conta a história dos pokémons, o começo.
Pokémon definitivamente foi uma grande parte da minha infância. É uma coisa que me atrai até hoje. Ainda jogo as cartas de vez em quando, ainda jogo o videogame e coisas assim. Como quase todo mundo, na quarta e quinta série, eu corria para casa depois da escola para jogar. Isso ficou comigo para o resto da vida.Como o projeto Pokémon começou, e você já deu um nome oficial?
Tenho chamado o projeto de "Help Me Catch Them All" (Me ajude a pegar todos), esse tipo de coisa. Começou quando eu estava tatuando um dos meus clientes regulares. Temos mais ou menos a mesma idade e estávamos falando sobre nossa infância. Somos muito nerds. Estávamos falando sobre crescer com Pokémon e fizemos uma piada tipo "Ah, você deveria tatuar todos eles". Sou uma pessoa muito orientada por objetivos, então achei que seria um projeto divertido para começar. Vi algumas pessoas querendo tatuar pokémons nos últimos anos, mas nunca alguém que tatuasse todos. Já fiz uns 125, 130 dos 151 originais.
Honestamente, uns amigos resolveram se tatuar e a coisa virou uma bola de neve. Fiz pouca coisa. Só agora estou começando a postar as tatuagens, tentando lembrar todo mundo que estou fazendo esse projeto pelas redes sociais, mas a maioria das 125 tatuagens foram coisa de boca a boca.
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Os pokémons de luta, muitos dos pokémons insetos, o que é uma surpresa. Mas ainda tenho uns bons, como o Jolteon e o Moltres.Quais foram os primeiros a sair?
Pikachu é o que mais me pedem; Bulbasaur é o segundo mais pedido. Eu diria que os primeiros foram Scyther, depois Bulbasaur e Haunter. Esses são só três mais.Você tem uma tatuagem de pokémon?
Não. Quero esperar até concluir o projeto, aí vou fazer meu favorito, que é o Bulbasaur, e também quero dar uma festa Poké Ball, para comemorar o final do projeto. Mas não vou fazer a tatuagem até completar o projeto. Um amigo tatuador vai fazer a tattoo pra mim, ele mora na Califórnia e o pokémon favorito dele também é o Bulbasaur.Qual sua história favorita das pessoas que vieram tatuar pokémons com você?
Peguei grupos inteiros de amigos — estou usando a palavra "pegar". Sete ou oito amigas marcaram o dia inteiro comigo e eu tatuei todas. Foi meio que para canalizar a infância que elas tiveram juntas, ou algo que todas têm em comum. Acho que a melhor história foi a de dois irmãos e a mãe. Eles fizeram Charmander, Chameleon e Charizard. A mãe ficou com o bebê, e os dois garotos fizeram Charmeleon e Charizard. Ela não curte tanto Pokémon, mas queria apoiar o projeto. Ela gostou da ideia porque mesmo não se envolvendo diretamente, ela viu os dois filhos crescerem colecionando cartas, trocando cartas e lutando um contra o outro. Acho que essa foi a história mais fofa de todas.
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Além de fazer uma tatuagem, eu gostaria de dar uma festa, algum tipo de evento em que vou passar por toda minha papelada, entrar em contato com todo mundo por e-mail e convidar toda a galera que tatuou pokémons, assim too mundo se conhece e encontra suas evoluções. Tipo um meet-and-greet. Também quero muito tirar uma foto de todo mundo junto. Isso ia ser incrível.Você acha que as pessoas vão se dar bem com as pessoas que têm suas evoluções?
Acho que sim. Sempre faço essa piada do "pokémon espiritual", tipo um animal espiritual, porque sempre faço uma consulta com cada pessoa antes da tatuagem. E no final de toda sessão, sempre penso "Sim, esse definitivamente era o pokémon que você tinha que tatuar". Então aposto que você vai se dar bem com quem tem sua pré-evolução ou evolução. Vocês têm pelo menos uma coisa em comum.Siga a Sophie no Twitter.Tradução: Marina Schnoor Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.