Este artigo foi originalmente publicado na nossa plataforma Creators.
Há uma estranha sensação de exotismo que não se consegue evitar ao ver os nus fotografados por Maggie West para o seu último livro, 23. Não é um exotismo relacionado com género, ou com a sexualidade representada pelos sujeitos, mas sim um exotismo futurista, em que as imagens parecem descrever um momento cultural prestes a chegar.
Videos by VICE
Os corpos estão expostos sobre luzes de cores apelativas. Azuis de raios X, amarelos de naves extraterrestres, roxos de quartos escuros. Ironicamente, estas luzes artificiais fazem com que os sujeitos sejam vistos como reais, ou hiper-reais, aparecendo aos olhos de quem vê de uma forma realçada. Cada imagem capta a personalidade das pessoas, não através da linguagem corporal como numa fotografia comum, mas sim através da luz que se manifesta em cada um. São a um mesmo tempo pinturas de luz e retratos fotográficos.
“Com 23, quis, pois, mostrar uma colecção de fotos mais inclusivas para todos os géneros e identidades sexuais. Sinto que, se é para fazer um livro de fotografia que reflicta a sexualidade nos dias de hoje, seria absurdo não incluir a comunidade LGBTQ. Por outro lado, sinto também que a nudez nas imagens, acentua o facto de que género e sexualidade existem num espectro amplo. Cada corpo é único e, ainda assim, o público não vai poder evitar reparar nas semelhanças”, acrescenta West.
“23” é lançado a 26 de Abril, numa festa de apresentação no The Standard, em Los Angeles, EUA, que conta com uma actuação especial de Alaska Thunderfuck 5000. Abaixo podes ver algumas imagens do projecto e aqui ficas a conhecer melhor o trabalho de Maggie West.