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O que Sabemos Sobre as Alegações de Pornografia Infantil Contra o Ex-diretor da Jared Foundation do Subway

O cara que ficou famoso por emagrecer comendo Subway nos anos 90, Jared Fogle, está envolvido na investigação por causa da prisão do ex-diretor da fundação, por conta de graves acusações de pornografia infantil.

Um restaurante Subway em Indiana, EUA. Foto via Wikimedia Commons.

Atualização: o Subway suspendeu seu relacionamento com Jared Fogle. Horas atrás a cadeia de sanduíches começou a apagar o nome do porta-voz de seus sites.

Na manhã de terça-feira, as autoridades fizeram uma busca na casa de Jared Fogle, o cara que ficou famoso por emagrecer comendo Subway nos anos 90. Membros do FBI, da polícia estadual e do Serviço Postal Americano foram vistos retirando itens da residência do porta-voz do Subway em Zionsville, Indiana, e Fogle saiu de lá no carro de seu advogado, segundo o Indianapolis Star.

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O Departamento de Justiça ainda não confirmou ou negou a existência de uma investigação, mas o advogado de Fogle, Ron Elberger, escreveu para o Star que "Jared tem cooperado com as autoridades nessa investigação ainda não especificada e aguarda sua conclusão. Ele não está preso ou é acusado de nenhum crime ou ofensa".

Não sabemos o que exatamente a polícia estava procurando na casa de Fogle ainda, mas é mais que plausível que a atenção das autoridades tenha a ver a prisão de Russell Taylor, ex-diretor da Jared Foundation de Fogle, em abril por oito acusações relacionadas a pornografia infantil. Na verdade, a cadeia de sanduíches liberou uma declaração na tarde de terça-feira fazendo essa mesma ligação.

"Estamos chocados com a notícia e acreditamos que isso está relacionado a uma investigação anterior de um ex-empregado da Jared Foundation", diz a declaração do Subway. "Estamos muito preocupados e monitorando a situação de perto. Não temos mais detalhes no momento."

Segundo a queixa criminal preparada em maio, Taylor enviava pornô ilegal para seus amigos através de mensagens de texto. Uma mulher ainda não identificada, que o conhecia através do marido, contou à polícia sobre as mensagens de texto depois de ter participado da troca por algum tempo, mesmo depois que seu marido morreu em 2013. Durante seu depoimento em outubro de 2014, ela disse que ainda tinha as mensagens salvas em seu celular e concordou em entregar isso às autoridades.

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Ainda não está claro por que a mulher hesitou em alertar a polícia – ou por que ela queria que alguém ficasse sabendo sobre sua participação nisso. Por exemplo, Taylor perguntou se podia ir até a casa dela com outra mulher para transar com um cavalo que ela mantinha na propriedade. Quando a polícia perguntou se o pedido não teria sido uma piada, a mulher disse a um oficial: "Dava para ver que ele estava falando sério". Ainda assim, ela aparentemente continuou o relacionamento com Taylor.

Taylor também enviou imagens sugerindo que ele estava realmente interessado em bestialismo. Uma das imagens era a de um cachorro "lambendo a área genital de uma mulher adulta". A mulher contou à polícia que Taylor mais tarde perguntou se ela queria ver "meninas" e indicou que já tinha viajado para a Tailândia.

Quando a polícia perguntou se Taylor tinha mandado imagens explícitas de meninas, ela disse que não, e quando eles perguntaram se ele tinha mencionado algo sobre sexo com crianças, a mulher respondeu: "Não que eu me lembre, mas ele é o tipo de pessoa que parece estar sexualmente envolvida em todo tipo de coisa".

O FBI criou uma linha do tempo das mensagens entre a mulher e Taylor, que, segundo ela, curtia "mexer com cavalos" entre outras atividades. Agentes federais determinaram que eles conversaram sobre pornografia infantil, bestialismo e "encontros para propósitos sexuais", segundo a queixa.

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No dia 29 de abril, a polícia fez uma busca na casa de Taylor procurando por imagens de bestialismo. Durante a busca forense, oficiais encontraram imagens de pornografia infantil. Isso incluía vídeos separados de três meninas e um menino nus – que depois disseram à polícia que não sabiam que estavam sendo filmados – entrando e saindo de uma banheira que pertencia a uma casa anterior de Taylor. A polícia também encontrou um vídeo comercial com uma garota de doze anos do Leste Europeu e um pen drive de 8 Giga com mais imagens eróticas misturadas a documentos relacionados a uma fundação não mencionada.

No total, a polícia verificou mais de 500 vídeos aparentemente filmados na casa antiga e na casa atual de Taylor. Seu relacionamento com as quatro crianças mostradas em vários vídeos – de 9 a 16 anos – não foi revelada, mas sabe-se que todas "dormiram na residência de Russell Taylor em várias ocasiões", segundo a queixa. Num interrogatório com a polícia, Taylor admitiu que colocava "relógios com câmeras escondidas em vários cômodos da casa" e acrescentou que "Sempre tive essas câmeras". Ele também disse que colocou uma câmera no quarto de sua enteada, dizendo que a esposa estaria preocupada com "sexo acontecendo no quarto", mas disse que não assistiu essa filmagem.

Taylor recebeu sete acusações por produzir pornografia infantil e uma acusação de posse.

Mas a polícia está procurando evidências de que Jared estava envolvido nas mesmas coisas que Taylor? Não podemos dizer com certeza, já que não há menção ao porta-voz da cadeia de sanduíches na queixa federal original, nem nos documentos relacionados ao caso pendente contra Taylor. No entanto, uma filiada local da CBS, citando fontes do FBI, informou na terça-feira que o mandado de busca na casa de Fogle estava ligado à pornografia infantil.

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Obviamente há uma grande diferença entre ser um conhecedor de pornografia na faculdade e colecionar pornografia infantil quando adulto, mas algumas evidências sugerem que Fogle poderia estar mais interessado em obscenidades do que um cara normal. Na terça, o Gawker desenterrou uma matéria antiga exclusiva da VH1 sobre a história original do cara do Subway. Apesar do New York News dizer que o emprego no Subway foi o único trabalho que Fogle já teve, antes de juntar US$ 15 milhões como o rosto de um restaurante de fast food vagamente saudável, Fogle aparentemente tinha uma biblioteca de pornografia em seu dormitório na faculdade.

Naquela época, o trabalho de Fogle era alugar cópias físicas de vídeos por um dólar, segundo a VH1. Na verdade, segundo a única fonte do canal, Fogle só começou a viver de Subway porque o restaurante ficava perto de seu dormitório.

Depois de ficar famoso nos EUA por emagrecer mais de 90 quilos, Fogle começou a Jared Foundation em 2006, uma organização focada em reduzir a obesidade infantil. Taylor, que atualmente está sob custódia dos US Marshals, atuou como diretor da fundação antes de Fogle anunciar que estava "cortando todos os laços" com ele no começo da investigação.

Segundo o Indy Star, dois dias depois que as acusações contra ele vieram a público, Taylor tentou se matar e teve que ser colocado na UTI. A condição dele é estável.

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Tradução: Marina Schnoor