Publicidade
Juntos, os jovens contaram uma história familiar de presunção masculina e cultura do estupro entrelaçada a costumes estranhos e perversos da instituição da Nova Inglaterra, onde estudaram políticos, escritores e banqueiros famosos.O centro dessa cultura, de acordo com os homens no banco das testemunhas: manter segredo e negar a qualquer custo.Os jurados ouviram as mensagens privadas do Facebook de um pseudogrupo de apoio para adolescentes cheios de tesão chamado de "Slayer's Anonymous" e e-mails sub rosa – uma expressão em latim que significa "sob a rosa" e é usada para denotar confidencialidade.O foco central das mensagens era um rito de uma década na St. Paul, a "Saudação Sênior". Isso é uma tradição inofensiva ou um jogo sexual sujo, dependendo da pessoa para quem você perguntar. O ritual é crucial tanto para a acusação como para a defesa no julgamento de Labrie, acusado de estuprar uma caloura de 15 anos.Na Saudação Sênior, alunos prestes a se formar mandam e-mails para estudantes mais jovens que gostariam de "conhecer melhor", como colocou Tucker Marchese, um ex-aluno da St. Paul que testemunhou na segunda. Outro ex-aluno, Malcom Salovaara, disse que a tradição era como uma "dança da última chance".Anteriormente: O julgamento de um suposto estupro numa escola de elite da Nova Inglaterra
Publicidade
Na semana passada, a suposta vítima, cuja identidade está sendo mantida em segredo pela mídia, sentou-se no banco das testemunhas durante três dias seguidos para falar sobre o encontro que ela diz ter começado como parte da Saudação Sênior e que terminou em estupro. Labrie, um garoto magro e cabeludo, tinha entrado em Harvard, embora ele, agora com 19, esteja pedindo dinheiro a amigos para pagar sua equipe legal e tenha de encarar 20 anos de prisão por três acusações de abuso sexual.Em seu testemunho, a garota ofereceu detalhes fortes do encontro; depois, defendeu inconsistências em seu primeiro depoimento durante um exame demorado da defesa. O advogado de Labrie, J. W. Carney, afirma que a interação foi consensual e que seu cliente nunca penetrou a menina – o que, por causa da idade dela, seria considerado abuso sexual no Estado de Nova Hampshire. "Se alguém fizesse algo como apenas dar uns amassos de roupa, isso seria considerado uma variação de sexo, não?", Carney perguntou a Thompson, que foi colega de dormitório de Labrie por três anos.Os testemunhos sugerem que, entre Labrie e seus amigos, o jogo sexual era cuidadosamente orquestrado.
Publicidade
Uma ex-aluna da Philips Exeter Academy, outra escola de elite nas proximidades de Concord que estudou lá dez anos atrás, informa que jogos sexuais acontecem em várias escolas da Nova Inglaterra. Em um caso, ela relembra, garotas estudantes competiam para ver quem conseguia dormir com um garoto de cada dormitório da escola. (Nunca ouvi nada disso na escola pública da Nova Inglaterra onde estudei, cujo aspecto mais notável da vida estudantil era o grande volume de drogas.)"Vivemos numa sociedade que não ensina garotos e garotas a dar consentimento ou como honrar esse consentimento." – Nadiah Mohair.
Publicidade
Publicidade
Publicidade