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Música

Das Melhores Comidas à Conexão Com os Fãs, Stwo Fala Sobre os Melhores Momentos de Sua Turnê

Depois de um mês e meio na estrada, o produtor francês passou por cidades na Ásia, Europa e Canadá e conta para nós os ponto altos desse rolê.

Stwo é a força matriz por trás da revolução francesa no R&B. Isso desde agosto de 2013, quando o cara tomou conta das paradas na América do Norte. Ele é o pai do negócio, o fundador, o fodão. Nos últimos 12 meses, o produtor parisiense passou de fenômeno da internet à estrela de turnês com um mês de duração. E razões para isso não faltam. Ele tem uma pegada original extremamente necessária no R&B, ainda mais em uma cena dominada por inacabadas e lentas edições da Ciara (desculpe, Joe Kay). E, olha, eu posso dizer por experiência própria que ele dá uma festa do caralho.

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A primeira vez que nos encontramos na vida real foi em um edifício-garagem bem sujo em West Austin, no Texas, onde falamos quase exclusivamente sobre comida. Depois dali, nos encontramos em Vancouver, onde, junto com o Pomo, os dois tinham vendido todos os ingressos para o Fortune Sound Club. Acompanhando de perto essa turnê mais recente de um mês e meio, me encontrei com Stwo de novo para compartilhar alguns destaques de 2014.

Decidimos começar nossa entrevista do ponto onde havíamos parado: falando de comida. Pensando que bacon canadense, salsichas alemãs, pizzas italianas e vodka grega falsificada seriam os destaques, acabamos sabendo que a melhor comida que Stwo já comeu em turnê foi em um restaurante que serve frango frito em Sydney, na Austrália. "Os promotores [Future Classic + BBE] me levaram lá e me disseram que [Kaytranada] amou isso aqui" ,então pensei, "Bem, se há alguém que conhece frango frito é o próprio a Kay". "Era muito mais que um mero frango frito, é algo que te deixa sem palavras".

Para além do frango frito, Sydney ganhou outros destaques. A turnê australiana de 15 dias levou Stwo à famosa Sydney Opera House, uma experiência que ele descreve como surreal. "Foi louco porque os promoters não podem alugar o lugar", disse. "Você tem que ser selecionado, então até alguns artistas bem famosos não podem tocar lá".

"Isso foi uma lição de humildade pra mim e foi fantástico", disse Stwo. Toda a turnê deixou uma forte impressão nele, sobretudo porque haviam muitas pessoas do outro lado do mundo que estavam envolvidas com sua música e também porque ele escapou por um triz de um acidente de trabalho em Christchurch, cidade da Nova Zelândia. Enquanto me conta dessa históia, Stwo ri.

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"Eu estava em turnê com Sango e Pomo na época, e conforme a noite foi se aproximando, sabíamos que a multidão em Christchurch seria muito mais barulhenta que as outras, porque eles estavam lá principalmente para beber", relembra ele. "Eu comecei a tocar e as pessoas estavam balançando a cabine do DJ – meu notebook quase caiu da mesa! O Sango pega o microfone e diz para as pessoas serem respeitosas e isso durou poucos minutos. Ele voltou no microfone, e eu nunca o vi tão puto quanto naquele momento. Foi por um triz que meu notebook não caiu, mas foi engraçado ver o Sango nervoso daquele jeito", diverte-se.

O ponto alto para o produtor francês foi sua recepção na Alemanha, um país que ele nunca pensou em pilotar as pick-ups no hip-hop e R&B. Stwo admitiu que achava que todos os alemães só ouvem techno. Ainda assim, foi na Alemanha o lugar onde o parisiense mais fez shows; mais até do que em seu próprio país. Parece que Londres também é uma das suas paragens preferidas. Falando sobre o show recentemente esgotado com Kaytranada e Sango na casa de shows londrina KOKO, Stwo conta a experiência de forma nostálgica.

"Era uma festa de bróders, sabe? Estávamos nos divertindo no palco enquanto Kytranada estava tocando para essa multidão de mais de duas mil pessoas, e nós não tínhamos feito nenhum show, só estivemos no estúdio juntos. Eu pude ver como Kay e Sango trabalham, e foi de longe a experiência mais inspiradora pra mim" conta o produtor.

Quando se trata das histórias do SXSW, há bastante para se contar. De tocar em showcases com o Wiz Khalifa e de quebra conhecer pessoalmente todos os produtores que ele conhece há meses (ou anos) on-line, ele tem lembranças memoráveis do festival e já está de olho na volta. "América do Norte, América do Sul, Ásia – há tantas cidades em que eu vou tocar em breve ou espero tocar num futuro próximo", ele diz com um ar de empolgação. Apesar de que agora ele vai relaxar em casa e se recuperar de um mês e meio de cheeseburguers, uísque e terminais de aeroporto.

Ziad Ramley gostaria de levar você para um delicioso jantar de lagostas - @bluuuuueeeeeee

Tradução: Jules Sposito