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reggae

E se o Camané nunca tivesse sido fadista?

Posso sonhar?

O Camané é, provavelmente, o fadista masculino vivo mais respeitado do país — toda a gente gosta dele, ou pelo menos, ninguém o odeia, o que é um consenso difícil de conseguir num Portugal de inimizades fáceis. Mas atenção, o Camané não é só fado — também é pop. Sim, sim, aquilo dos Humanos. Mas posso sonhar mais longe? E se o Camané fosse do metal, ou do reggae? E se ele cantasse numa banda de j-pop ou se mandasse rimas à Valete? Percebem onde quero chegar, espero. Amanhã, em jeito de "best of", o Carlos Manuel (sabiam que é assim que ele se chama?) actua, com os Dead Combo e o Mário Laginha como convidados, na Sala Suggia, por isso lancei o desafio ao Rudolfo: e se o Camané nunca tivesse sido fadista? Texto por Diogo Jesus

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REGGAE
Ya, meu. O Camané do reggae seria, provavelmente, mais um branco de rastas num festival de Verão (bocejo…), mas era capaz de converter alguma malta para as boas vibrações. Ei, até eu lhe daria uma oportunidade.

DJ
Finalmente em tronco nu, Camané! Sempre a partir, sempre a bombar. Caribe Mix Ibiza-Mouraria 2013, alto sonoroooo! Bebidas, gajas e 320 PBMs. Pump it up, y'all!

METAL
Se o Camané fosse metaleiro, seria um one-man band inspirado pelo death metal clássico, tipo o Mark Riddick com Fetid Zombie.

J-POP
Perdoa-me Camané, mas gostava muito que fosses kawaii. Imagino-te a ser um misto colorido entre a jovialidade da Kyary Pamyu Pamyu e a seriedade do TM Revolution. Com músicas bué aceleradas a abrir convenções de anime. Seria tão perfeito.

HIP-HOP
Não imagino o Camané a ser aquele estereótipo do rapper da ostentação. Ou seja: menos swag, mais storyteller. Afinal, um dread de 16 anos é bem mais interessante do que uma festa de penthouse.