Fotos analógicas da vida alternativa no Boom
Todas as fotos por Diana Antunes

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Fotografia

Fotos analógicas da vida alternativa no Boom

A vida pode mesmo ser assim? Diana Antunes agarrou numa descartável e captou o quotidiano do Boom, o festival sem marcas, sem marketing e que professa um estilo de vida alternativo, para lá da simples bolha utópica.

(Todas as fotos por Diana Antunes)

De dois em dois anos, a utopia instala-se nas margens da Barragem de Idanha-a-Nova. Utopia para alguns, claro, porque para muitos dos que de todo o mundo chegam àquela localidade do Interior de Portugal, a semana de Boom é, mais do que um simples festival de Verão, um modo de vida.

O Boom Festival é, hoje, uma celebração da cultura alternativa um festival multidisciplinar, transgeracional e intercultural. Um acontecimento multidisciplinar que cruza diversas correntes artísticas, da pintura, escultura, land art, ou instalações interactivas, à música e à video-arte. Propostas que apontam para um foco no conhecimento, em detrimento do hedonismo puro que, normalmente, enformam eventos desta natureza.

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Mais arte, mais cultura, menos marketing, menos comércio desgarrado, menos "poluição visual de marcas", foco absoluto na auto sustentabilidade. uma ética utópica, uma experiência bienal, ou uma realidade paralela?

Todas as fotos por Diana Antunes

A realizadora e fotógrafa Diana Antunes esteve em território Boom e com ela levou uma máquina fotográfica descartável. Uma opção prática e consentânea com o espírito de um festival que funciona também como um escape momentâneo da sociedade digital e hiper tecnológica.

"Para festivais prefiro, por vários motivos, usar uma descartável. A minha analógica é pesada, por isso andar com ela nestes eventos não é a melhor cena. Se acontecer alguma coisa à máquina vou ficar chateada, se acontecer alguma coisa a uma descartável, paciência", salienta Diana.

E a fotógrafa conclui: "Nas fotos que tiro normalmente tenho de ter mais atenção à exposição, velocidades e foco, ou seja, é giro, mas, por vezes, acabas por perder o momento da foto. A descartável é rápida, vês um momento que gostas e capturas. Não perdes tempo a focar e a ver o diafragma. Podes passá-la para a mão de quem quer que seja, que essa pessoa vai sacar uma foto fácil e como é uma maquina de agarrar e disparar raramente me recordo do que fotografo, então é sempre uma surpresa quando recebo os rolos".

Podes ver mais imagens abaixo e acompanhar o trabalho da Diana Antunes aqui e aqui.