FYI.

This story is over 5 years old.

Identidade

A luta de um porta-voz indígena LGBTQ na tela do cinema

Equipe formada por indígenas, gays, mulheres e trans estreia o filme ‘Majur’.
Crédito: reprodução

“Meu primeiro curta-metragem, Meu Rio Vermelho, é um documentário que faz o trajeto de um rio no interior do estado de Mato Grosso. O rio passa pela aldeia Poboré. Em 2016, assim que tivemos autorização do cacique central, ele nos passou o contato do chefe de comunicação que nos atenderia. Ali conheci Gilmar.” Assim explica Rafael Irineu, diretor de cinema LGBTQ, sobre como começou a produção do documentário que conta a história de Majur, ou, Gilmar, liderança indígena que assumiu, dentro da etnia Bororo, a importante tarefa de fazer a interlocução entre as demandas de seu povo e a cidade, levando reivindicações e lutando pela cultura indígena local.

Publicidade

Além de retratar a trajetória de um indígena LGBTQ, o curta-metragem contou também com uma equipe 100% mato-grossense, composta por profissionais estreantes em suas funções, e toda formada por pessoas indígenas, gays, mulheres e trans. A estreia do filme rola dentro da programação do Festival Internacional de Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás (DIGO), em cartaz entre os dias 7 e 13 de junho, em Goiânia (GO).

A exibição de Majur será no dia 8, às 20h, no cinema Lumiére. “Quando comecei a fazer o projeto, fui escalando naturalmente a equipe com aquelas pessoas que tive empatia em outros trabalhos e as que sempre queria trabalhar. Até que olhei a lista e vi algo em comum: a diversidade estava de ponta a ponta”, revela o diretor.

Em paralelo às filmagens, a equipe usou o Instagram como diário de gravação. Na página, dá pra acessar fotos e sacar um relato mais extenso dessa imersão. Clique aqui para ver.

Acesse a programação completa do festival DIGO no site digofestival.com.br

Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.