O highball é o coringa dos drinks
Foto: Caroline Lima/ VICE Brasil

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O highball é o coringa dos drinks

Conhecido pelo método rápido no preparo, drink destaca-se pela versatilidade na escolha de ingredientes para satisfazer paladares variados em cada canto do mundo.

Conteúdo feito em parceria com a Jim Beam.

Após um dia puxado na firma, com direito a reuniões intermináveis que poderiam ser resolvidas com algumas mensagens no WhatsApp ou com uma simples troca de e-mails, além do infernal trânsito diário, a pedida é por uma bebida rápida para encerrar bem a jornada e (por que não?) relaxar um pouco. Mas nessa hora vem à tona a vontade de ir além do litrão da happy hour.

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Para superar a pressa e a falta de habilidade técnica do barman amador, a saída refrescante – e que pede sempre uma segunda dose – é o Tonic Highball. Mais que um drink, o esquema é uma técnica para preparação de coquetéis.



“O highball é uma técnica de bar que pode ser feita com qualquer destilado e consiste em misturar esse destilado com elemento cítrico, açúcar e bebida gaseificada. É possível haver até quatro ingredientes na composição para ser chamado de highball”, explica Márcio Silva, bartender do Guilhotina, sobre a essência do estilo para produção de drinks, inclusive o feito a à base de bourbon.

Foto: Caroline Lima/VICE Brasil

Como pode ser feito com qualquer tipo de destilado, está liberado incluir no estilo highball bebidas variadas, com destaque para o bourbon - que compõe a base do Tonic Highball, inclusive. Lembre-se: o método preza pela liberdade de formatos, o que pode variar de acordo com a nacionalidade do consumidor.

Basta dizer que mesmo sendo uma criação estadunidense, o lance faz sucesso absurdo no Japão, muito por causa de Shinjiro Torii, fundador da Suntory. Em meados dos anos 1950, ele criou uma rede de bares especializados em highballs e fez da bebida uma febre no país - após um período de baixa, o drink voltou a estar com tudo nos últimos anos.

Deve-se levar em conta um aspecto fundamental para determinar se o coquetel está ou não dentro dos parâmetros da técnica. “É necessário haver um copo mediano, de 330 ml ou de 350 ml, no máximo, para a bebida ser considerada como highball”, destaca Silva.

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Por que highball?

Apesar de a origem do highball ser um tanto controversa, os primeiros registros remetem ao fim do século XIX, nos EUA, quando o lance levava uísque e um elemento carbonatado – soda, por exemplo.

A expressão que dá nome à técnica para preparação de coquetéis vem da mesma época e remete a velocidade. Inclusive, os sinais de velocidade de ferrovias norte-americanas à época eram chamados de (adivinhe?) highball.

“Os bares da época, em especial os norte-americanos, se apropriaram dessa expressão e a trouxeram como algo relativo à velocidade, e leva uma técnica muito rápida de preparação. Não tem muito esquema: é misturar rápido e sair para a pessoa beber”, ressalta Márcio Silva.

Globalização on the rocks

O caráter dinâmico e eclético do highball faz o estilo de preparação de coquetéis ganhar cada vez mais adeptos ao redor do mundo – os norte-americanos e japoneses já estão garantidos.

Mais do que dizer que o esquema atrai pessoas de determinada nacionalidade por causa do destilado produzido no país em questão, o highball, em especial o Tonic Highball, ganhou caráter globalizado.

Estas bebidas, assim como o Tonic Highball, não têm barreiras geográficas definidas de modo arbitrário e podem ser consumidas em qualquer país.

“Não dá para você colocar isto em um mapa geográfico, pois é uma técnica norte-americana – e pela história, a cultura dos EUA entra em qualquer país. O mundo está tão globalizado nos dias de hoje que, se você começar a colocar pontos, fica até difícil [fazer isso]. É como colocar regra onde não existe, sabe?”, pondera o bartender do Guilhotina.

Por fim, além da quebra de barreiras geográficas, o maior barato do Tonic Highball é é um drink que qualquer um pode preparar sem medo. “O mais interessante de coquetel é, independentemente da técnica, você passar um bom momento e divertir-se. Para mim, coquetel remete à celebração de [um bom] momento”, finaliza Márcio Silva.

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