Há 20 mil minutos de cinema para ver na edição número 15 do Doclisboa e 65 desses minutos são nossos. Este ano, a VICE Portugal associa-se ao festival lisboeta e integra a programação com três produções internacionais que pretendem espelhar o compromisso da VICE com o jornalismo de investigação, documental e de actualidade, que reflecte assuntos cruciais no contexto da sociedade global em que vivemos.
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Raised Without Gender (ver trailer abaixo), sobre a educação de crianças na Suécia, num paradigma em que o género não binário é aceite e incentivado pela sociedade, Lights in Dark Places: The Refugee Crisis in Greece, realizado pela actriz, modelo e activista Lily Cole, numa abordagem muito pessoal à crise dos refugiados na Europa, e El mundo de los transgénicos en España, uma produção VICE Iberia, para o programa televisivo DIARIO VICE, que analisa, sem preconceitos, as verdades, mentiras, fobias e medos que se escondem por detrás dos transgénicos, são os documentários escolhidos.Podem ser vistos numa sessão especial, marcada para 21 de Outubro, sábado, a partir das 18h00, na sala 2 do Cinema São Jorge. A entrada é gratuita e limitada à capacidade da sala.O DocLisboa'17, que decorre de 19 a 29 de Outubro, em vários espaços da capital tem uma programação vasta para lá das competições, que, como avançou a sua directora, Cíntia Gil, durante a recente conferência de imprensa de apresentação do festival, reflecte "a diversidade de olhares e de idades dos realizadores, de formas e de propostas políticas e temáticas".Em cartaz há 44 filmes portugueses, 11 em competição e todos em estreia mundial, excepto António e Catarina, de Cristina Hanes, em estreia nacional, depois de vencer o prémio de curtas-metragens no Festival de Locarno, mas incluíndo a nova obra de Manuel Mozos, Ramiro, com honras de Sessão de Abertura. Também pela primeira vez por cá vai poder ser visto o novo ataque de Al Gore aos negacionistas das alterações climáticas, com An Inconvenient Sequel: Truth to Power, a ser integrado na secção "Da Terra à Lua".
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Ainda no campo das estreias, destaque para a secção "Heart Beat", dedicada ao documentário musical, onde, para além de uma programação central focada na obra de Andres Veiel, podemos ver Grace Jones: Bloodlight and Bami, ou os Cantadores de Paris, de Tiago Pereira, este em estreia mundial.
No que diz respeito aos programas especiais, destaca-se aquele focado na obra de Sharon Lockhart, encaixado na secção "Riscos", onde a artista norte-americana apresentam entre muitos outros, o filme Rudzienko, numa maratona que corre paralela à exposição que lhe é dedicada, na secção "Passagens", patente no Museu Berardo, de 10 de Outubro a 14 de Janeiro de 2018, com curadoria de Pedro Lapa, sobre os direitos das crianças – um projecto inspirado pela vida e obra do pediatra polaco Janusz Korczak. A secção "Riscos" celebra também os 20 anos (sim, 20) de "Gummo", de Harmony Korine, com a exibição do filme e com uma festa na noite de 27 de Outubro.No que respeita às "Retrospectivas", o Doclisboa apresenta este ano "Uma Outra América – O Singular Cinema do Quebec", dedicada à cinematografia do Quebec, "numa viagem por mais de meio século de cinema daquela região do Canadá, que existiu com grande força na década de 1960 e que deu origem a cineastas como Jean-Yves Bigras, René Delacroix, Denys Arcand ou Denis Villeneuve".O Festival apresenta ainda uma retrospectiva "integral de Vera Chytilova", "uma das artistas fundamentais do cinema checo", em que se recupera todo o trabalho da realizadora, incluindo trabalhos feitos na escola ou para televisão", revelou Cíntia Gil.Podes ver toda a programação do Doclisboa aqui.Segue a VICE Portugal no Facebook, no Twitter e no Instagram.Vê mais vídeos, documentários e reportagens em VICE VÍDEO.