Quando não sabes para onde te levam e depois não te queres vir embora
Todas as fotos por Fábio Teixeira

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Opinião

Quando não sabes para onde te levam e depois não te queres vir embora

As Uber Sessions, levaram-nos a um sítio secreto para vermos alguma da melhor música urbana portuguesa da actualidade. Também sacámos umas fotos bastante jeitosas.

Aviso desde já que só tenho coisas boas a dizer sobre a organização das Uber Sessions e que não me pagaram para isso… mas ainda vão a tempo. Para quem não sabe, isto foi um evento organizado pela Uber (juro!) e pela Carlsberg (continuam a não me ter pago, ok?), que decorreu a 18 e 19 de Maio, em Lisboa e no Porto, respectivamente. A ideia passava por dedicar duas noites ao que Portugal tem de melhor musicalmente falando, sendo que o local permaneceria em segredo… basicamente até lá chegarmos.

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Não é difícil imaginar qual foi o meu meio de transporte e o de toda a gente ali presente. Ao início até pensei que ia para uma festa só com motoristas e malta da empresa, mas népia, havia mais convivas. Como o sítio exacto era segredo, quem queria ir tinha de aceder na aplicação a um destino chamado, curiosamente, "UBER SESSIONS". Quem o fez tinha viagem de ida e entrada à pala garantida. Os meus "companheiros de guerra" - aqueles que foram comigo - esfregavam as mãos. "Ai não se paga? Tamos lá", "É de borla? Então quero dois se não for muito incómodo"… aquela cena tuga forreta a bater.

Entre cigarros e alguns dedos de conversa enquanto esperávamos, ficámos literalmente parvos e de boca aberta (parvo e de boca aberta fui só eu, uma vez que era a primeira vez que experimentava a cena, eles ficaram só de boca aberta) quando vemos as viaturas que nos iriam levar ao destino. Carregadinhos de neons verdes! Chamem-me o que quiserem, mas juro que me senti no céu. Primeiro porque sou do Sporting. Parecia que ia festejar o campeonato - que já anda a ser prometido aos anos - ao Marquês. Segundo, porque juro que as pessoas que passavam na rua olhavam mesmo para nós do género, "foda-se estes gajos devem ser importantes, devem ser jogadores do Sporting, de certeza" (como se ter neons no carro fosse sinónimo de importância… mas vá, poupem-me, é para o bem da narrativa!).


Vê também: "Como a Eaze se tornou a Uber da marijuana medicinal"


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Entro no carro e, por incrível que pareça, o condutor é meu conterrâneo, de Montemor-o-Novo. Cinco estrelas para o motorista. Toma, embrulha! E com isto estamos a 10 metros do local do evento e já conseguimos perceber onde vai ser passada a noite: Underground Village. O carro parou à frente do Armazém onde os concertos iriam começar em cerca de 30 a 45 minutos e vieram abrir-nos a porta… Senhoras e senhores, vieram abrir-nos a porta! Não me lembro da última vez que isso aconteceu.. muitos menos numa festa. Mais cinco estrelas! Toma lá que continuo a sentir-me importante (lembrem-se da narrativa!)

Lotação para 300 pessoas e às 22h30 tudo junto ao palco para a primeira actuação da noite, que estaria entregue a Da Chick. Nunca a tinha visto ao vivo e só conhecia o seu trabalho porque sou fiel seguidor de Mike El Nite, rapper e Dj na banda. Adorei! Entrega e dedicação. O mood certo para que os Orelha Negra fizessem com que a malta riscasse o soalho todo. O momento alto da noite. Casa cheia e clássicos a soar. Uma banda que nunca falha. Props props props!! Casa feita, malta ao rubro e a última actuação da noite: Branko. Bomba.

Venha de lá essa edição 2018! Para já podem ver abaixo imagens captadas pelo olhar clínico do Fábio Teixeira.