Este artigo foi originalmente publicado na VICE Espanha.Cerca de 750 mil pessoas manifestaram-se no sábado, 11, de Novembro, em Barcelona - de acordo com números da Guardia Urbana - para exigirem a libertação dos conselheiros do Governo Catalão, bem como dos presidentes da Assembleia Nacional Catalã (ANC) e do Òmnium Cultural, todos detidos.Os presidentes Jordi Sánchez e Jordi Cuixart estão há 28 noites a dormir na prisão. Os políticos Oriol Junqueras, Jordi Turull, Meritxell Borràs, Josep Rull, Carles Mundó, Dolors Bassa, Joaquim Forn e Raül Romeva, há 11. Para além disso, Carles Puigdemont e outros conselheiros continuam em Bruxelas. A situação motivou esta nova saída às ruas, tendo as palavras de ordem passado de "Votarem" (Votaremos), para "Libertat" (Liberdade) e agora "No esteu sols" (Não estão sozinhos).
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Ontem cumpriam-se também dois meses do início da nova fase do chamado "Procés" (Processo), quando as manifestações a favor da independência da Catalunha se intensificaram. Desde então, teve lugar um referendo ilegal, segundo o Tribunal Constitucional espanhol - em que votaram mais de dois milhões de catalães e cerca de 800 pessoas ficaram feridas na sequência de uma forte repressão policial -, realizaram-se duas greves gerais, aplicou-se o artigo 155, dissolveu-se o Parlamento, declarou-se a Independência da República da Catalunha unilateralmente, convocaram-se eleições para 21 de Dezembro e as autoridades prenderam os Jordis e metade do conselho executivo do Governo por delito de rebeldia.A fotógrafa Mònica Figueras falou com alguns dos milhares de jovens que acudiram à manifestação, como foi o caso de Marina, 21 anos, e Tània, 24 anos. Para elas "sair à rua é importante para defender os direitos humanos e a liberdade dos presos políticos".
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