Diogo Lima, 25 anos, estudante de fotografia e radialista já nos tinha surpreendido com a série de imagens em que retratou o microcosmos da zona de campismo no Festival Forte. Agora, o fotógrafo algarvio partilha com os leitores da VICE um dos momentos mais marcantes da sua vida, numa série em que é óbvia a paixão pelo retrato, conjugado com o meio envolvente.O quotidiano de pessoas que com ele se cruzam e que "prende" na sua objectiva, fazendo com que, por instantes, mergulhemos de cabeça nas suas vidas anónimas.
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"Fui para a Índia um mês. Eu, um amigo e uma máquina fotográfica que pouco ou mal dominava. Ainda nem duas horas tinham passado depois de chegarmos e já estávamos envolvidos num esquema tipicamente indiano e perdido umas boas centenas de euros. Mas o objectivo era só um: fotografar… e fotografar muito", conta Diogo.E acrescenta: "Sem pedir autorização a ninguém - e muito menos aos deuses - fotografei que nem um maluco. Rostos, expressões, crianças, velhos, momentos. Nada me fazia parar. Nada, mesmo nada. Nem a ferida no pé feita a coçar uma picada de mosquito e que, ao terceiro dia, já estava mergulhada numa fossa de 'merda' ao tentar saltar para um comboio em andamento, nem a moca do lassi de erva que teimei em provar e que me ia atirando para o hospital, tal era a preocupação do empregado do Hostel onde estava alojado".
Foram 10 cidades num mês. Diogo Lima visitou favelas, almoçou com os seus habitantes, passou por festas de trance em Goa, viveu o frenesim do caos urbano, apaixonou-se pela intensidade do que via e quis captar tudo. "Foi a viagem da minha vida e estas são, talvez, as imagens da minha vida", assegura.Podes ver mais fotos abaixo e acompanhar o trabalho do Diogo Lima no Instagram e aqui.
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