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O declínio da independência das mulheres na China

As chinesas passaram de ser vistas como "raparigas de aço", a serem tratadas como "restos" caso estejam solteiras depois dos 27 anos.

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Durante a revolução socialista, os direitos das mulheres chinesas foi escrito na constituição. No regime de Mao, registaram-se números sem precedentes de mulheres a juntarem-se à força laboral do país, num movimento apelidado de "raparigas de aço".

No entanto, hoje em dia a China é pátria de um quinto das mulheres a nível global cujo estatuto de igualdade está a diminuir a olhos vistos. Os números relativos a violência doméstica têm aumentado tremendamente, a violação dentro do casamento não é considerada crime, aquelas que se atrevem a considerar-se activistas feministas estão a ser presas pelo governo e mulheres solteiras com mais de 27 anos são por norma referidas e tratadas como "restos".

Para tentarmos perceber o que está por detrás desta mudança drástica do estatuto social das mulheres na China, falámos com a estudiosa do movimento feminista e ela própria uma "rapariga de aço", Wang Zheng, e passámos um dia com uma dessas mulheres a quem chamam de "restos". Investigamos ainda os extremos da indústria dos casamentos e encontramo-nos com Wei Tingting, uma das cinco activistas dos direitos das mulheres, presas por tentarem levar a cabo uma campanha contra o assédio sexual nos transportes públicos.

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