Foi no dia 29 de setembro deste ano foi que os 470 presos fugiram da unidade de regime semiaberto e sem vigilância armada do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) em Jardinópolis, no interior do estado de São Paulo. A fuga ocorreu durante uma revista de rotina, por volta das 9h da manhã. Segundo a Secretária de Administração Penitenciária (SAP), não houve reféns e a situação foi controlada pelo Grupo de Intervenção Rápida da SAP, com apoio da Polícia Civil e Militar.Os presos atearam fogo em colchões de um dos pavilhões do presídio, derrubaram a grade de quatro metros de altura e fugiram a pé pela Rodovia Cândido Portinari (SP-334). Alguns se esconderam no meio de um canavial, onde havia um incêndio, como informou a Polícia Militar. Presos recapturados relatam que a fuga foi uma resposta a insatisfação com as medidas punitivas adotadas pela direção do presídio, como a suspensão das visitas. Um artigo publicado no canal Justificando considera que o sistema prisional brasileiro está "em colapso".Em nota, a SAP relata que dos 470 presos, 349 foram recapturados e o trabalho de busca segue sendo realizado pelas polícias Civil e Militar. A Corregedoria da SAP já instaurou uma sindicância para apurar as causas do tumulto de quinta, ocorrido após a realização de revista de rotina. O CPP, relata a secretaria, tem capacidade para 1.800, e abriga 1.861 presos. "Desses, 1.602 trabalham dentro e fora do presídio e 662 estudam no ensino regular e/ou profissionalizante — parte dos presos estuda e trabalha", diz a assessoria em nota.
Publicidade