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Música

Ouça ‘Howl’, o Disco Primal do Rival Consoles Lançado pela Erased Tapes

O produtor baseado em Londres explica por que esse é o seu álbum mais pessoal.

Lobos enchem o céu noturno com seus uivos dissonantes — sons que são tão caóticos quanto organizados, e dão a todos que os entendem uma sensação de segurança e pertencimento. O mesmo pode ser dito sobre Howl do Rival Consoles. O novo álbum da Erased Tapes, selo do produtor baseado em Londres Ryan Lee West, trabalha com uma paleta sonora que foi reduzida ao mínimo. Através do uso virtuoso de tempo e efeitos, Rival Consoles cria, com poucos recursos, uma obra que combina instrumentos eletrônicos e acústicos em uma obra de arte. O resultado é um sistema fechado que devora você com seu clima melancólico e sonhador, até a última nota, como uma alcateia faminta.

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Ouça o disco e leia nossa entrevista com o cara:

Lobos enchem o céu noturno com seus uivos dissonantes — sons que são tão caóticos quanto organizados, e dão a todos que os entendem uma sensação de segurança e pertencimento. O mesmo pode ser dito sobre Howl do Rival Consoles. O novo álbum da Erased Tapes, selo do produtor baseado em Londres Ryan Lee West, trabalha com uma paleta sonora que foi reduzida ao mínimo. Através do uso virtuoso de tempo e efeitos, Rival Consoles cria, com poucos recursos, uma obra que combina instrumentos eletrônicos e acústicos em uma obra de arte. O resultado é um sistema fechado que devora você com seu clima melancólico e sonhador, até a última nota, como uma alcateia faminta.

Ouça o disco e leia nossa entrevista com o cara:

THUMP: Suas próprias gravações, particularmente do seu violão, tem um papel bem importante em Howl. O que o fez mudar as coisas e ir nessa direção estilisticamente?
Rival Consoles: É algo que eu tenho me aproximado já há alguns anos, mas leva tempo e segurança para conseguir um bom equilíbrio. Eu não gosto de incluir sons acústicos sem motivo, então sou bem específico sobre como isso é feito. Por exemplo, em alguns lugares os sons do sintetizador são tirados da minha voz, porque o som disso encaixou com a ideia aquela hora de uma forma que parecia poderosa. Eu preciso de alguns momentos assim.

No release, você diz que esse é o seu disco mais pessoal até agora. Por quê? Como foi o período da gravação?
Muito do disco faz referência ao meu estado mais pra baixo dos últimos anos, especialmente "Low", que tem uma progressão de acordes repetitiva e sombria que nunca muda, simbolizando se sentir preso, mas com alguma noção de esperança. Eu acho que Howl representa certa raiva, ou ruptura em mim, ao permitir que as notas desafinem da forma que desafinam. Tem vários momentos durante o disco que exprimem coisas diferentes.

O que o título Howl significa para você?
O título do álbum apenas chama atenção para os sons como uivos da faixa título, e também a sensação primal do disco. O disco é bem cru, mas expressivo e eu acho que o título funciona bem com isso.

Esse disco será o seu oitavo lançamento pela Erased Tapes. O que faz a sua relação com o selo funcionar tão bem?
É simples e humilde, nós jogamos ideias ruins fora e ficamos empolgados com boas ideias. Mas acho que fora isso é a paixão de tentar coisas novas, e não ficar muito preso na indústria, com todos seus sistemas de pensamento, etc. A Erased Tapes é bem sucedida porque eles não adotaram um modelo exato de trabalho que veio antes deles, mas construíram sua própria história, e eu tenho sorte de participar disso.

'Howl' de Rival Consoles será lançado 16 de outubro. Pegue aqui.

Tradução: Pedro Moreira

Siga o THUMP nas redes Facebook // Twitter

THUMP: Suas próprias gravações, particularmente do seu violão, tem um papel bem importante em Howl. O que o fez mudar as coisas e ir nessa direção estilisticamente?
Rival Consoles: É algo que eu tenho me aproximado já há alguns anos, mas leva tempo e segurança para conseguir um bom equilíbrio. Eu não gosto de incluir sons acústicos sem motivo, então sou bem específico sobre como isso é feito. Por exemplo, em alguns lugares os sons do sintetizador são tirados da minha voz, porque o som disso encaixou com a ideia aquela hora de uma forma que parecia poderosa. Eu preciso de alguns momentos assim.

No release, você diz que esse é o seu disco mais pessoal até agora. Por quê? Como foi o período da gravação?
Muito do disco faz referência ao meu estado mais pra baixo dos últimos anos, especialmente "Low", que tem uma progressão de acordes repetitiva e sombria que nunca muda, simbolizando se sentir preso, mas com alguma noção de esperança. Eu acho que Howl representa certa raiva, ou ruptura em mim, ao permitir que as notas desafinem da forma que desafinam. Tem vários momentos durante o disco que exprimem coisas diferentes.

O que o título Howl significa para você?
O título do álbum apenas chama atenção para os sons como uivos da faixa título, e também a sensação primal do disco. O disco é bem cru, mas expressivo e eu acho que o título funciona bem com isso.

Esse disco será o seu oitavo lançamento pela Erased Tapes. O que faz a sua relação com o selo funcionar tão bem?
É simples e humilde, nós jogamos ideias ruins fora e ficamos empolgados com boas ideias. Mas acho que fora isso é a paixão de tentar coisas novas, e não ficar muito preso na indústria, com todos seus sistemas de pensamento, etc. A Erased Tapes é bem sucedida porque eles não adotaram um modelo exato de trabalho que veio antes deles, mas construíram sua própria história, e eu tenho sorte de participar disso.

'Howl' de Rival Consoles será lançado 16 de outubro. Pegue aqui.

Tradução: Pedro Moreira

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