Para todos que nasceram durante a era dos reality shows da televisão, pode parecer que o ápice da cultura de Nova Jersey é um bando de metaleiro com os punhos pra cima durante noitadas cheias de sacanagem na infame Jersey Shore. Mas, na cidade de Newark, no meio da areia urbana e da violência correndo solta, uma cultura dance chamada Jersey Club continua viva.Apoiada pela rapaziada do it yourself, como o antigo Submerged e o The Life Lab; musicalmente nascido de uma admiração por padrões e samplings achados no Baltimore Club e de uma reação ao hip hop mais popular, o Jersey Club moldou vários aspectos da cultura jovem nos centros urbanos da cidade. É essa a música que faz parte da trilha sonora da vida dos jovens de Jersey.Com melhorias feitas por uma galera fera como o DJ Tameil e se tornando popular entre os anos 2000 graças a um pessoal, como o DJ Tim Dolla e a gravadora Brick Bandits do Mike V, o Jersey Club inspirou pelo menos três gerações de jovens e inovadores produtores até agora, gerando uma cultura vibrante que tá bombando em uma porrada de cenas, várias delas bem longe nos concretos de Newark.A influência dos mais velhos pode até continuar forte, mas o som novo e sem barreiras de estilo feito por essa segunda geração de artistas, como Nadus, DJ Sliink, Uniqu3 e outros tantos, conseguiu capturar os ouvidos de produtores mundo afora, garantindo o poder do Jersey Club na dance music por anos. Na nossa série sobre o Jersey Club, traçamos o comecinho desse gênero e seu impacto duradouro.
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