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Obama impõe normas rigorosas para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa

Os estados têm até 2018 para apresentar o plano, e em 2022 deve começar a ser implementado.
Imagem por Oliver Berg/EPA

No sentido de combater a crescente ameaça que supõe uma mudança climática, o presidente Barack Obama prevê executar algumas mudanças radicais para reduzir as emissões de gás de efeito de estufa nos E.U.A., ao limitar a quantidade de carbono que pode ser liberado pelas centrais eléctricas de todo o país.

Num vídeo publicado nas redes sociais, Obama explica que existe a necessidade de criar um novo "plano de energia limpa", citando o incremento dos danos causados pelas mudanças climáticas, incluindo o aumento do nível do mar, das temperaturas, e das condições climáticas extremas.

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BREAKING: On Monday, — The White House (@WhiteHouse)August 2, 2015

"Notícia de última hora: Segunda-feira, o presidente dos E.U.A. lançará #CleanPowerPlan [um plano de energia limpa] — o maior passo que alguma vez demos em #ActOnClimate [uma lei para actuar contra as mudanças climáticas].

"A mudança climática deixará de ser um problema para as novas gerações", diz no vídeo.

Para além de falar sobre as condições climáticas extremas, Obama faz referência ao aumento da taxa de asma nas últimas décadas como uma das razões para reduzir as emissões de carbono.

Obama ordenou, inicialmente, um recorte de 30% das emissões de carbono para 2030, em todo o país, mas a versão final requererá um recorte de 32% em relação aos níveis de 2005, segundo declararam funcionários ao Associated Press.

Os estados têm até 2018 para apresentar o plano, e em 2022 deve começar a ser implementado. O governo federal também prevê oferecer créditos, em 2020 e 2021, aos estados que apoiem as fontes de energias renováveis, como a eólica, ou a solar.

Este plano permitirá a cada estado criar o seu próprio plano para reduzir as emissões, mas um deles terá um objectivo estipulado, no que diz respeito à redução de emissões de carbono das centrais eléctricas, para 2022, segundo o New York Times.

Os opositores ao plano, (sobretudo os estados com maior indústria de carvão), já ameaçaram apresentar queixa .O New York Times publicou que existem, pelo menos, 12 fiscais destes estados que pensam opor-se ao plano proposto, e os entendidos no assunto assinalam que poderia chegar antes ao Tribunal Supremo.

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"Assim que a EPA [Agência de Protecção Ambiental] termine de elaborar esta regulação, a Virgina Ocidental irá aos tribunais com o intuito de anulá-la", diz Patrick Morrissey, numa entrevista de rádio, segundo o New York Times.

Hillary Clinton afirma que, no caso de ser eleita como Presidente, apoiará o plano.

"Terá que ser defendido. Porque os sépticos e derrotistas republicanos – incluindo todos os candidatos republicanos à presidência – não oferecem nenhuma solução credível", disse Clinton no seu comunicado. "A verdade é não querem uma [solução]".

Numa declaração realizada no início da semana, o administrador da Agência de Protecção Ambiental incentivou a mudança através de um comunicado, e assegurou que as mudanças climáticas podem conduzir a milhares de mortes prematuras.

"Se o mundo reage, os E.U.A. podem evitar 69.000 mortes prematuras devido à qualidade do ar, e ao calor extremo, no ano 2100", declararam num comunicado, no início desta semana.

A agência Associated Press contribuiu para este artigo.

Neste vídeo podes ver a entrevista que Shane Smith, o fundador da VICE, fez a Barack Obama sobre as mudanças climáticas.

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