Chifre
7/10 Não sei se a malta da Chifre é a favor ou contra as touradas. Bem, tenho a ideia de que provêm todos de um grupo social meio beto, o que faria deles apreciadores, mas isso, para além de ser um estereótipo ultrapassado, não corresponderá à verdade. Sou sincero, só estou a dizer isto porque o pop/rock da malta da Chifre me lembra o da Amor Fúria, mas em bom. A cena é: estamos em 2012, já não tem piada gozar com a Amor Fúria. Assim sendo, vou só dizer umas quantas coisas que ninguém vai ler para tentar explicar por que é que vocês devem ouvir esta compilação que eles lançaram há uns dois meses. Para começar, o CD em si é bonito, porque parece uma rodela de vinil — props para o designer. É uma compilação, por isso não têm de se chatear a ouvir os discos a sério, podendo só picar os artistas que vos disserem mais, e o perigo de existir filler é amplamente reduzido. As canções do David Pires são porreirinhas. O Diego Armés é lampião, por isso não quero saber daquilo que ele faz para nada. As Anarchicks soam a uma versão muito mal amanhada de electro-rock género Peaches ou Sleigh Bells, mas eu, com toda a franqueza, adorei: espero é que com isto a Vanda nunca mais venha dizer mal das Pega Monstro. Os TV Rural já conhecia e são bastante bons, deviam fazer umas malhas com os Diabo Na Cruz. Os Capitão Fausto não ouvi com atenção porque entretanto caiu-me um bocado de chocolate em cima da capa e eu fiquei fodido, porque era uma promo novinha. Mas é fixe, acho eu. Agora vou guardar o disco e nunca mais lhe pegar como faço com 83 por cento daquilo que ouço.