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comportamento

Os extremos que as pessoas chegam para trair os parceiros

“Eu era um péssimo traficante, mas ter um celular descartável facilitava muito mandar mensagens para outras mulheres sem ser descoberto.”
MS
Traduzido por Marina Schnoor

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE UK .

Como assassinato, traição pode acontecer em terceiro, segundo e primeiro grau. De um lado você tem aquele beijo bêbado num estranho que você finge que não aconteceu, do outro adultério premeditado a sangue frio. Certas pessoas vão longe para trair: um segundo celular, uma segunda casa, uma segunda esposa, reservas em hotéis com nomes falsos; infidelidades que são menos um acidente embriagado e mais um esforço determinado para ser um traidor de merda.

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Falamos com alguns desses malditos abaixo. Claro, os nomes foram mudados. Menos um. Não vou dizer qual.

ROBERTO, 25 anos

Eu traía minha namorada constantemente na universidade, mais ou menos a partir de um mês depois de começarmos o relacionamento. Ficamos juntos por quatro anos. A gente morava no mesmo bloco da moradia estudantil e eu sempre trombava com ela, então tinha que dar desculpas de onde estava indo. Uma conveniência de trair quando você é universitário é que você sempre pode fingir que está indo estudar na biblioteca. A garota com quem eu estava transando morava no mesmo apartamento que duas amigas da minha namorada, mas por alguma razão ninguém nunca desconfiou, ou talvez elas soubessem mas resolveram nunca contar para ela. Uma vez realmente fui para a biblioteca, mas para transar com outra garota no banheiro do quinto andar. Outra vez, meus amigos viajaram no final de semana e me deixaram usar o apartamento deles; fiquei lá com uma mina da noite de quinta até a noite de domingo só transando, comendo pizza e assistindo Breaking Bad. Eu disse pra minha namorada que ia visitar meus pais no final de semana.

Minha namorada nunca descobriu nada, até onde sei. Não estamos mais juntos, mas ainda somos amigos, e se um dia ela descobrir vai ser foda. Também transei bêbada uma amiga dela durante nosso relacionamento, e é isso que tenho mais medo que ela descubra. Me sinto uma má pessoa, mas a vagina da outra garota era muito apertada e eu ainda amava minha namorada. Eu era só um babaca cheio de tesão querendo transar com qualquer coisa que respirasse.

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BRY, 29 anos

Teve um momento (particularmente) confuso da minha vida onde fiquei em dúvida entre dois namorados – meu ex e o seguinte. Infelizmente, o relacionamento com o seguinte era de longa distância e complicado, e minha relação com meu ex oferecia sexo incrível sempre que eu queria – e qualquer mulher vai te dizer que isso é difícil de dispensar.

Com o namorado seguinte, começamos transando no carro dele, depois passei a coloca-lo escondido no meu quarto quando minhas colegas de apartamento estavam no trabalho, com o medo de ser pego tornando o sexo ainda mais quente. Ele teve que sair pela janela algumas vezes. Depois de alguns meses disso, decidimos viajar no final de semana para transar sem ter que se preocupar com interrupções por 48 horas, então comprei uma reserva no Groupon e disse para minhas colegas que ia passar o final de semana na casa dos meus pais. Meu namorado nunca descobriu, mas eventualmente contei tudo – e ele não deu a mínima, honestamente, o que acho que foi bem legal? Ou não, se você é o tipo que curte ciúme.

"Ela me perguntou se eu podia ficar mais um pouco para ajudar a colocar uns móveis no quarto dela. Fiquei e quando vi, já estava pelado."

THANOS, 26 anos

Eu estava numa festa na casa de alguém com a minha agora ex-namorada. A garota que estava dando a festa foi muito simpática com a gente a noite toda, e disse que queria sair com nós dois de novo, então acabamos trocando telefones. Eu tinha uma atração sutil por ela, e achei que ela talvez tivesse também, mas eu estava namorando e eventualmente fomos para a casa da minha namorada às 3 da manhã. Eu não conseguia parar de pensar na outra garota, e acabei dizendo para minha namorada que tinha esquecido uma coisa importante na festa e precisava voltar lá. Liguei para a mina e ela disse que todo mundo ainda estava lá, que eu podia voltar, mas quando cheguei, só estava ela e um amigo nosso.

Todo mundo estava bêbado e chapado, e ainda tinha bebida e drogas na casa, então continuamos curtindo. Algumas horas se passaram e quando vi, já eram 7 da manhã. A terceira pessoa tinha ido embora e eu estava pronto para voltar para minha namorada com o rabo entre as pernas. Mas ela perguntou se eu podia ficar mais um pouco para ajudar a colocar uns móveis no quarto dela. Fiquei e quando vi, já estava pelado. Uma coisa levou a outra, acabamos transando várias vezes e depois fiquei na casa dela até a tarde seguinte. Quando minha namorada ligou, eu disse que tinha dormido na casa de um amigo vizinho da festa, porque perdi o ônibus e nenhum Uber queria aceitar a corrida. Ela acreditou e nunca descobriu. Me arrependo e não me arrependo – era um relacionamento de merda sem amor, mas ainda assim eu não devia ter feito isso, ou deveria pelo menos ter contado a verdade depois.

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JANE, 23 ANOS

Quando eu estava na faculdade, a garota com quem eu morava traía o namorado da sua cidade natal com não um, mas dois caras com quem a gente dividia o apê. Era muito zoado e todo mundo se sentia estranho quando ele vinha ficar com ela – todo mundo menos o cara com quem ela estava traindo, que parecia não sentir nada mesmo. Ela deu várias desculpas elaboradas para não poder viajar para ver o namorado nos finais de semana – principalmente culpando trabalhos e provas – e ele aceitava. Era meio óbvio que o relacionamento deles não ia durar, e eventualmente tudo explodiu na cara dela quando o cara apareceu para uma visita surpresa. Ela disse que não ia viajar porque estava doente, então ele veio para animá-la e pegou a mina na cama com o outro cara. Eles terminaram e ela começou a sair com o cara com quem foi pega. Não faço ideia de como o outro cara se sentiu com isso, mas ele já era o estepe do estepe, então…

G, 31 ANOS

Alguns anos atrás, eu estava desempregado e decidi tentar vender drogas. Eu estava fumando muita maconha e tinha uma bicicleta para rodar por aí, então achei que não seria muito diferente da minha vida normal. Logo percebi que era um péssimo traficante, mas ter um celular descartável facilitava muito mandar mensagens para outras mulheres sem ser descoberto. Eu morava com a minha namorada na época, e ela tinha o costume de ler minhas mensagens no celular, mas por algum motivo nunca pediu para ver o celular descartável, achando que era só coisa do meu negócio escroto de vender maconha, que ela não apoiava e tentava ignorar. Comecei a dar uns perdidos para ver essa outra garota; ela me mandava mensagem no celular descartável pedindo Q, que significava que ela estava sozinha em casa – ah, ela também tinha um namorado. Eu dizia para minha namorada que estava saindo para fazer entregas, transava com a outra garota e depois voltava. Acho que fizemos isso por uns seis meses até minha namorada perceber que eu não estava ganhando muita grana com o meu "negócio", juntar um mais um e me expulsar. Bom, eu mereci.

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