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Entretenimento

Policiais falam sobre a morte de Marielle Franco

Busquem conhecimento.

A comoção nacional sobre a morte da vereadora Marielle Franco levou às ruas milhares de manifestantes em diversas capitais no país desde quinta-feira (15) e no final de semana, por luto e para pedir segurança e combate à violência contra mulheres e negros.

Na internet, além dos artistas que se prestaram homenagem à Marielle, agentes de segurança pública do país também se posicionaram sobre o caso.

Um dos exemplos mais compartilhados e comentados foi o do coronel da reserva da Polícia MIlitar do Rio de Janeiro, Robson Rodrigues, que defendeu às críticas e fake news espalhados nas redes contra a vereadora assassinada.

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“Postagens maldosas […], que vêm circulando nas redes sociais, além de não retratarem a realidade, são de um imenso desrespeito não só à história de Marielle, mas aos nossos policiais honestos e trabalhadores sofridos, sobretudo as policiais negras, que tanto necessitam ser acolhidos nas causas que ela magnificamente defendia”, publicou o militar.

Em entrevista ao jornal El País, o ex-comandante da PM do Rio Ibis Pereira contou que era amigo de Marielle e fez a ponte entre as famílias dos policiais e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, onde como assessora parlamentar, Marielle trabalhou por volta de dez anos.

Pereira repudiou os ataques à corporação e à quem compartilha a ideia de que Marielle defendia bandido, lamentando que esses argumentos são de pessoas “que desejariam que o Brasil ainda tivesse escravos, […] matando preto, pobre e morador de favela.”

No Paraná, o coronel Washington Lee Abe, do 5º Comando Regional da Polícia Militar do Paraná, em carta pública, questionou por que transformar Marielle em mártir e qual segmento do povo ela representa, dizendo por fim que policiais têm uma missão muito maior do que “essa mesquinharia”. “Somos muito mais do que “isso”. Somos a Polícia!”, finaliza.

No Twitter, usuários questionaram, com imagens de duas policiais negras mortas por que o tratamento da mídia não era o mesmo quando uma mulher negra é assassinada, sem terem o conhecimento de que as duas mulheres foram mencionadas na dissertação de mestrado de Marielle sobre UPP – a redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Acompanhe aqui.

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